(Foto: Divulgação) 

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) publicou nesta quinta – feira (13) em seu Twitter, que pretende rever o que foi gasto pela Caixa Econômica Federal em patrocínio e publicidade no ano de 2018.

 “Tomamos conhecimento de que a Caixa gastou cerca de R$ 2,5 bilhões em publicidade e patrocínio neste último ano. Um absurdo! Assim como já estamos fazendo em diversos setores, iremos rever todos esses contratos, bem como os do BNDES, Banco do Brasil, SECOM e outros”, escreveu o presidente.

Tal medida deve afetar diretamente os clubes de futebol que contam com o patrocínio da Caixa, entre eles Atlético, Goiás e Vila Nova, que receberam cada, cerca de R$ 2,4 milhões na última temporada.

“Eu já imaginava. Tudo deve ser pensado nesse nosso país. É dinheiro demais”, disse Marcelo Almeida, presidente executivo do Goiás, que conta com o patrocínio da estatal desde 2016.

Ecival Martins, presidente do Vila Nova, utilizou a valorização da marca da própria Caixa Econômica Federal, para minimizar a falta do possível patrocínio.

“Esses valores que a Caixa gastou não foram com o futebol. Bancos do tamanho da Caixa e do Banco do Brasil precisam anunciar, e a propaganda mais barata que tem é a do futebol. Tenho dito que os clubes devem se movimentar em busca de outras receitas. Caso não se confirme esse patrocínio, temos o exemplo da própria Caixa para o mercado, que investiu em patrocínio e elevou o valor de sua marca de R$ 850 milhões em 2013, para mais de R$ 4 bilhões em 2018”, explicou o presidente colorado.

Já Adson Batista, presidente do Atlético, que conta com o patrocínio desde 2015, espera que a situação seja avaliada de forma profissional. Aliás, o dirigente atleticano revelou seu voto em Jair Bolsonaro, e aguarda por mudanças.  

“A Caixa tem uma das melhores publicidades com os clubes. A mais barata e a que mais atinge. Isso não é um favor para os clubes de futebol, pois a visibilidade é muito grande. Isso deve ser avaliado de forma profissional. Eu mesmo votei neste governo, tô ouvindo muita conversa, e vamos ver se alguma coisa vai mudar pra melhor”, revelou Adson.

No dia 28 de novembro, o TCU – Tribunal de Contas da União, definiu através de acordão, “que é irregular a prorrogação de contratos de patrocínios de estatais”, uma vez que os mesmos não se “constituem em serviço de natureza contínua”.

O acórdão 2.770, que teve como relator o ministro Vital do Rêgo, é derivado de um processo aberto pelo TCU em 2016 e que promoveu auditorias em contratos de patrocínios de diversas empresas estatais, entre elas o Banco do Brasil, a Petrobras e o BNDES, além da Caixa. Todos os contratos entre Caixa e clubes vencem entre dezembro e abril de 2019. Também devem ser afetados contratos com confederações como as de vôlei, desportos aquáticos e atletismo.