Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O futuro ministro da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) usou dinheiro público para pagar passagens aéreas durante a campanha eleitoral do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL-RJ). A informação é do jornal Folha de São Paulo. Segundo a reportagem, os bilhetes foram bancados com verba da Câmara Federal.
A reportagem apurou que o sistema eletrônico da Câmara aponta reembolsos de mais de 70 passagens aéreas ao parlamentar, com origem ou destino nos aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo, totalizando R$ 100 mil. Lorenzoni também foi a Juiz de Fora, Minas Gerais, quando Bolsonaro foi esfaqueado, com bilhetes bancados pela Casa, no dia 6 de setembro.
De acordo com as regras da cota de atividade parlamentar, as verbas que congressistas têm para atividades do dia a dia não podem ser utilizadas para fins eleitorais. A reportagem aponta reembolsos registrados pelo sistema da Câmara no dia 22 de julho, no valor de R$ 3.720, data da oficialização da candidatura do presidente eleito.
Outro reembolso apontado pela reportagem, de acordo com o sistema eletrônico da Câmara, de R$ 469, referente a passagem aérea no dia 6 de setembro, data em que Bolsonaro sofreu o atentado no interior de Minas Gerais. O voo teve saída do aeroporto Presidente Itamar Franco, o mais próximo de Juiz de Fora, com destino a Congonhas, em São Paulo. No dia seguinte, Lorenzoni concedeu entrevista coletiva na porta do hospital Albert Einstein, para onde o presidente eleito foi transferido.
Ainda segundo a Folha, o jornal não obteve resposta por parte de Onyx Lorenzoni (DEM-RS) até a publicação da reportagem.