Foto: Sintego/Divulgação

Após reunião com representantes de servidores que estão com salários em atraso, ocorrida na tarde desta sexta-feira (18), a secretária da Fazenda (Sefaz), Cristiane Schmidt, e o de Governo (Segov), Ernesto Roller, mantiveram a proposta apresentada ontem (17) de pagar conforme a faixa salarial de cada categoria. 

Em entrevista coletiva, o titular da Segov reiterou o déficit do Estado e afirmou que quatro propostas foram apresentadas pelos servidores durante a reunião. 

“Só com o custeio de folha, dívidas, encargos, um déficit projetado de R$ 6,190 bilhões, que seria o somatório dos R$ 3 bi deste ano com os R$ 3 bi do ano passado. Fizemos todas as simulações dentro das propostas apresentadas pelos sindicatos, mas são  inexequíveis. (…) Quebraram o Estado de Goiás. Nós gostaríamos de antecipar duas folhas no mês, mas não temos condições de fazer isso”, afirma.  

Ernesto Roller afirma que, mesmo com a execução do parcelamento proposto nesta quinta-feira (17), o governo não descarta a suspensão de novos pagamentos no futuro. 

O presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Miliar e do Corpo de Bombeiros de Goiás (Assof), Coronel Anésio Barbosa, afirma que compreende a situação do Estado, mas que a categoria quer receber o salário de dezembro de forma integral.

“Sensibilizados com a situação e as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Estado, nós teríamos essa aceitação, mas evidentemente que o Estado também juntasse esforços para que isso fosse regularizado o mais brevemente possível sem parcelamento de folhas”, pontua.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em educação de Goiás (Sintego) e uma das coordenadoras do Fórum em Defesa dos Servidores Públicos do Estado de Goiás, Bia de Lima, critica a proposta do governo e não descarta uma possível greve geral.

“Pelo jeito o governo persiste em manter a mesma proposta depois de terceira rodada de negociações. A proposta não muda. (…) A greve, obviamente, é um caminho que não pode ser descartado por nenhuma entidade”, afirma. 

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