Torcida do Flamengo comparece em bom número no Maracanã (Foto: Rodrigo Tolentino/Flamengo)

As reformas e as melhores condições para o torcedor em seus estádios se tornaram uma peça chave para os clubes goianos no estadual. Enquanto Flamengo e Fluminense vivem um drama no Campeonato Carioca, com prejuízos que ultrapassam R$ 200 mil nos jogos em que são mandantes, Atlético, Goiás e Vila saíram no lucro e buscam ampliar ainda mais esta receita.

Por serem donos dos estádios, os três clubes ficam livres de aluguel. Já para Flamengo e Fluminense, somente o valor para Odebreicht, empresa responsável pelo Maracanã, é de R$ 120 mil em jogos menores e R$ 150 mil em clássicos. No estadual fluminense, a Federação do Rio de Janeiro também recebe 10% da renda bruta, mesma taxa que é cobrada pela Federação Goiana de Futebol.

Outro fator que provoca a grande diferença de despesas entre os clubes é no custo operacional. No clássico entre Flamengo e Fluminense, a diretoria rubro-negra desembolsou quase R$ 400 mil com seguranças, ambulantes e vendedores. As taxas pelo consumo de energia também entram na conta, com mais R$ 150 mil em cada jogo.

No futebol goiano, para realizar uma partida, o Goiás é quem mais tem despesa. Pelo fato de não ter um camarote para autoridades, convidados e representantes da FGF, o clube esmeraldino é obrigado a montar um setor especial a cada jogo.

Além disso, a diretoria também contrata uma empresa especializada em eventos e ações de marketing. O valor pago por cada jogo é superior a R$ 7 mil. No clássico contra o Atlético, o esmeraldino teve uma renda de R$ 83.825,00. Descontada a despesa de R$ 34.751,02, o clube teve lucro de R$ 49.073,58.

No Atlético, o clube não discrimina em seu borderô o gasto com o operacional, como segurança e comércio. Para este serviço, o clube também contratou uma empresa especializada na área, que promove todas as ações de marketing e de organização de uma partida de futebol.

Contra a Anapolina, dia 30, o Dragão teve renda de R$ 31.040, com uma despesa de R$ 9.351,47. A renda líquida para o clube foi de R$ 21.788,53.

Dono do Onésio Brasileiro Alvarenga, o Vila Nova também opera com os mesmos valores do rival rubro-negro. Contra o Crac, a renda da partida foi de R$ 41.085, com uma despesa de R$ 12.610,75. Sobrou para o clube a quantia de R$ 28.474,25.

Não consta no borderô dos clubes a arrecadação nos bares, que também tem sido uma fonte de renda atrativa para o clube. Por este motivo, o Vila Nova tem optado por jogar no OBA, já que no Serra Dourada ele não tem participação nas vendas de bebidas e lanches.