(Foto: Arquivo)
A discussão sobre a proposta de escalonamento dos horários de escolas, comércio e órgãos públicos em Goiânia vem ganhando força nas últimas semanas. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Goiás (Sincofarma), João Aguiar Neto, acredita que a ideia pode trazer mais fluidez ao trânsito.
“Existem situações em que o trabalhador passa mais de três dias, se você fosse somar, ele pede três dias de trânsito durante um mês inteiro, porque geralmente dura de uma ou mais horas durante o trânsito no seu ir e vir do seu trabalho” afirmou. “Consequentemente esse trabalhador que fica mais hora no trânsito ele já chega no seu labor com maior dificuldade de estresse e cansaço”.
O presidente do Sincofarma analisa que, com o trânsito menos congestionado, o acesso aos estabelecimento comerciais, o que inclui as farmácias, seria facilitado. “Quando se há o escalonamento, subentende que haja uma vazão melhor e maior fluidez no andamento do comércio em geral” afirmou.
Para o presidente do Sindilojas, Eduardo Gomes, o comércio na capital envolve muitas particularidades. Ele defende que somente órgãos públicos, inicialmente, devam ter os horários modificados.
“É permitir que eles abram às 7 horas, que fecha uma hora antes, alguma coisa nesse sentido. Mexer nesse horário nós achamos um pouco temeroso, então que se mexa, na minha sugestão, em órgãos públicos por enquanto” afirmou.
O que deve influenciar na elaboração da proposta de escalonamento é o código de posturas é o Código de Posturas, um documento que estabelece diversas questões em um município, como entulho na rua, barulho em excesso, animas em vias públicas, entre outros, e que se aprovado tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da população. Isso inclui os horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, escolas e órgãos públicos. Para o titular da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), Henrique Alves, a proposta de escalonamento pode ser aprovada ainda na gestão de Iris Rezende.
“Então esse é o momento correto, momento que ainda há tempo suficiente para discutir, para debater, principalmente, para que se coloque efetividade na medida como essa” afirmou. “A partir do momento que até o segundo semestre, o município deve encaminhar para Câmera o propósito de novo código de posturas, com objetivo de discutir debater e ao final aprovar para que o município implemente a medida”.
O vereador Andrey Azeredo realizou audiência para discutir o assunto. Ele defende que empresários e comerciantes possam decidir sobre os horários de funcionamento dos estabelecimentos, de acordo com a lei.
“Se nós tivéssemos uma possibilidade de gerar uma situação, onde seria facultado o empreendedor, ao empresário, aumentar esse horário, respeitada a legislação trabalhista, garantido ao servidor ao seu empregado, a compatibilidade de horários com a escola dos seus filhos as outras obrigações, vejo sim como discussão importante, mas não uma discussão nesse momento” pontuou. “Nós estamos só começando a debater aquilo que de fato, pode gerar um impacto muito positivo na vida das pessoas, ou podem gerar um caos maior no dia de todos”.