Dos três grandes times da capital, o Vila Nova é o que mais decepcionou nas competições de base neste primeiro semestre. Goiás e Ovel decidem o Campeonato Goiano sub-13, Atlético x Goiás disputam o título do sub-15, enquanto Trindade e Aparecida fazem a final do sub-17 e o Tacão decide com o Goiás a o título da categoria sub-20.
Longe das decisões, o Vila Nova precisará de um convite para disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior, principal competição de base do país, em janeiro do ano que vem. Mesmo com as campanhas ruins nesta temporada, o Tigrinho deverá garantir sua participação, já que a equipe goiana é uma das mais tradicionais da Série B do futebol brasileiro.
(Foto: Divulgação/Vila Nova F.C)
Em entrevista à Sagres 730, Ricardo José Barbosa, diretor da base do Vila Nova, explicou o momento ruim vivido pelas categorias de base do colorado.
“No sub-20, por exemplo, nós chegamos aos 30 pontos e fomos eliminados pelo Goiânia nos pênaltis. Mas o que mais enaltece a gente, mesmo ficando fora da final, é a revelação. A categoria sub-20 é o caminho para o profissional. Hoje nós temos o goleiro Victor que compõe o time principal, o Luizão zagueiro, Sávio, Barbosa e João Pedro que estão servindo a Seleção Universitária, conseguimos prorrogar o contrato do Éder e ainda tem o Baiano, que foi emprestado para o futebol da Croácia. Acho que no próximo Campeonato Goiano vamos conseguir aproveitar pelo menos uns oito jogadores oriundos das categorias de base”, analisou Ricardo que falou também do time sub-17. Ele revelou que a inexperiência da maioria dos atletas pode ter sido o fator decisivo do insucesso no estadual.
“Já o sub-17, a maioria dos jogadores era nascida em 2003, poucos tinha 17 anos. Nós não classificamos nem para o mata-mata, não ficamos entre os oito melhores em uma competição de 12 equipes. Achei que foi ruim por isso. Mas eu conversei com o Lucas Oliveira (ex-técnico), o sub-17 desse ano é base do sub-15 do ano passado e os meninos não estavam preparados, essa foi a argumentação dele”, explicou.
Ricardo revelou ainda que a verba destinada para o setor é pouca e que o clube contava com classificação para as oitavas-de-final da Copa do Brasil para o melhorar o trabalho com os jovens atletas.
“Basicamente, nada (é destinado à base). Se o profissional não vai bem, como que faz? Eu como diretor tenho o aval total do Ecival, articulo, vou atrás de patrocínio. Claro que a folha de pagamento é feita pelo Vila Nova, claro, é um caixa só, mas eu vou atrás de patrocínio e também de muitos conselheiros que nos ajudam nessa parte das categorias de base. Se tivesse passado na Copa do Brasil, o Ecival já tinha garantido que um valor X seria destinado à categoria de base, inclusive para o CT para treinarmos só lá, mas infelizmente não deu. Agora a gente espera conseguir um acesso para a Série A no profissional para viabilizar mais dinheiro para a base do Vila Nova”, disse.
No entanto, apesar das dificuldade, o diretor garante que não é preciso muito dinheiro para viabilizar o trabalho.
“No momento em que eu entrei havia muita polêmica com a demissão do Roberto Oliveira, então eu fui ajustando. Hoje, a base do Vila Nova é muito viável. Eu estou lá praticamente o dia todo. Atualmente nós trabalhamos com mais ou menos 50% do que foi em tempos anteriores. Vamos chegar ao final deste ano com a base “redondinha” e com materiais que eu vou organizando, e adquirindo o que realmente é preciso através dos patrocínios que consigo independente do profissional”, concluiu Ricardo José Barbosa.