Comemoração de Frontini ao lado de amigos
Carlos Esteban Frontini é um nome bastante conhecido entre os torcedores do futebol goiano, em especial o do Vila Nova. Pela equipe colorada, o atacante foi ídolo e artilheiro na campanha que levou ao título da Série C do Campeonato Brasileiro em 2015. Hoje aos 38 anos, o argentino segue na ativa e teve participação decisiva no Jaraguá, campeão da Divisão de Acesso e promovido para a Primeira Divisão do Campeonato Goiano.
No último domingo, Frontini marcou o único gol da vitória do Jaraguá sobre o América de Morrinhos, garantindo o primeiro título da Divisão de Acesso e também o acesso inédito para a Primeira Divisão do futebol goiano para o clube, que tinha sido campeão da Terceira Divisão em 2017. Desde setembro no, o atacante marcou gol por quatro partidas consecutivas, de cinco disputadas na reta final da competição.
“Muito contente, feliz com o final que tivemos, a cidade toda se comoveu, a primeira vez que eles terão a oportunidade de jogar esse campeonato importante. Enfim, fui muito bem recebido e o trabalho foi muito bem feito. O objetivo era o acesso e ainda fomos premiados com o título, uma coisa inédita e que vai ficar marcada para sempre”, destaca o veterano atacante, inclusive mais velho que seu treinador, Ariel Mamede, de 30 anos.
A equipe do Vale do São Patrício teve uma campanha com seis vitórias, dois empates e três derrotas, marcando 15 gols e sofrendo oito, sendo a defesa menos vazada do campeonato. Em 11 rodadas, o time de Ariel Mamede, com passagens pelas categorias de base de Vila Nova e Atlético, somou 20 pontos e terminou a competição na frente do Anápolis, também garantido na Primeira Divisão em 2020. Por outro lado, América de Morrinhos e Trindade foram rebaixados para a Terceira Divisão.
Escalação do Jaraguá na última partida da Divisão de Acesso: André Luiz; Ramon, Tiago Garça e Alef Santos; Lucas Silva (Thiago Pina), Renato Xavier, Dudu e Mário Henrique; Alef Leite, Frontini (Pedro Gabriel) e Marcos Paulo (Rafael Barbosa). Treinador: Ariel Mamede.
Aos 38 anos, Frontini ainda não pensa em se aposentar e ressalta que “estou programando mais um ou um ano e meio, mas não sei, não estou fazendo planos. O plano que vou fazer agora é com a minha família e depois decidir alguma coisa”. O atacante revela que “não tenho nada ainda, vou para a minha casa conversar com a minha esposa, precisamos fixar residência em algum lugar, sei que já está mais perto de parar e precisamos priorizar isso”.
Perguntado se seguir no Jaraguá poderia ser uma opção, o argentino frisa que “se for uma coisa boa, sim, fui muito bem recebido tanto pelo pessoal da cidade quanto do clube. Enfim, vamos ver o que vai acontecer, é um clube que tenho muito carinho agora”. Pelo Jaraguá, Frontini disputou cinco partidas e marcou quatro gols, sendo que no primeiro semestre estava no Cianorte, onde disputou o Campeonato Paranaense e a Série D.
Nesta Série B, os artilheiros do Vila Nova marcaram apenas três gols: Alan Mineiro, Neto Moura, que não está mais no clube, e Bruno Mezenga. “Acho que fui o último que fez uma quantidade de gols significativa, mas contrataram alguns jogadores e às vezes isso acontece, você vai para um clube e faz bastantes gols e em outros não. Agora tem dois camisas 9 muito bons, tanto o (Bruno) Mezenga quanto o menino que veio do Boa Esporte (Gustavo Henrique). Estou acompanhando o time e são grandes jogadores”, comenta Frontini, artilheiro em 2015.
Um retorno ao Onésio Brasileiro Alvarenga também não está descartado. “Lógico que tenho vontade, é um grande clube e está jogando um grande campeonato. Se tiver a oportunidade um dia, vou estar disposto a conversar sem problema nenhum, é um clube que sempre vou ter carinho e estamos na torcida para sair dessa situação”, revela o atacante de 38 anos, que passou pelo Vila Nova duas vezes, em 2013 e depois entre 2015 e 2016.
