(Foto: Arquivo / Divulgação)
Em nota a divulgada na manhã desta quinta-feira (21), a Assessoria de Comunicação Social dos Bombeiros Militares informa que foram afastados temporariamente os seis bombeiros militares investigados na Operação Desconformidade, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás (MP-GO), deflagrada nesta terça-feira (19). Entre os afastados está o comandante-geral da corporação coronel Dewislon Adelino Mateus.
Os demais investigados e também afastados são o coronel Anderson Cirino; o tenente-coronel Hélio Loyola Gonzaga Júnior; o major Nériton Pimenta Rocha; o capitão Sayro Geane Oliveira dos Reis; e o subtenente José Rodrigues. Segundo a nota, a decisão de afastar os bombeiros tem por base “a postura de transparência da corporação” e visa “trazer ainda mais independência e credibilidade à investigação na qual os nomes dos bombeiros militares são mencionados”.
A nota afirma que a corporação se colocou voluntariamente à disposição das autoridades desde o início das investigações, colaborando e prestando as informações necessárias ao esclarecimento das denúncias. “O Corpo de Bombeiros Militar reitera seu estrito compromisso com a transparência e com os parâmetros legais impostos pelo Estado de Direito, repudiando veementemente desvios de conduta ou atividades que possam ferir os princípios da legalidade e da moralidade que venham a ser cometidos quando do exercício das suas atividades”, conclui o texto assinado pela Assessoria de Comunicação.
A Operação Desconformidade investiga esquema de fraudes na certificação de segurança contra incêndio e pânico emitida pelo Corpo de Bombeiros. O esquema burlava o regulamento normativo, emitindo Certificados de Conformidades (Cercons) para empresas e empresários que não cumpriam as normas e protocolos de segurança. Cinco empresários foram presos. O MP chegou a entrar na Justiça com pedido de prisão dos suspeitos, mas a Justiça Militar negou os pedidos.
De acordo com as investigações, pelo menos seis militares estariam envolvidos no esquema, mas seus nomes não foram divulgados pelo MP. Nesta quinta-feira (21), o jornal O POPULAR revelou os nomes deles e informou que a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que ia esperar tomar conhecimento do inquérito do Ministério Público para decidir qual posição tomar. Mas a decisão pelo afastamento foi divulgada às 8h45 desta quinta.