Alcides destacou a importância da negociação para a economia estadual, já que, a partir de agora, a empresa disporá de R$ 300 milhões por ano até 2015 para investir em infraestrutura energética. A primeira parcela do empréstimo, de R$ 1,2 bilhão, deve chegar já em novembro; a segunda, de R$ 1,5 bilhão, em janeiro de 2011; e a terceira, de 1,028 bilhão, em janeiro de 2012.
“Goiás terá energia abundante para as empresas que quiserem investir aqui”, garantiu o governador. Outro ponto positivo, de acordo com ele, é que programas como o Luz para Todos também receberão maior aporte de recursos, beneficiando milhares de propriedades rurais em todas as regiões, sobretudo no nordeste goiano.
Com a quitação das dívidas, a Celg recupera sua adimplência e pode reajustar a tarifa de energia, medida considerada imprescindível para recuperação da saúde financeira da empresa. O valor e a data em que o reajuste passará a vigorar serão definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Mas não creio que seja dado agora”, ponderou o pepista.
O documento assinado nesta quarta-feira (13) prevê que o Estado terá 20 anos para quitar a fatura, com prazo de dois anos de carência e juros de aproximadamente 6% ao ano. O governador comparou o acordo atual com a proposta feita ao governo federal anos atrás: “No passado, seriam vendidas mais de 40% das ações da companhia; agora apenas 6% ficarão com o governo federal”.
O valor exato da operação é de 3,728 bilhões — o maior já obtido por Goiás, na avaliação de Alcides Rodrigues, que fez questão de ressaltar a capacidade de endividamento alcançada pelo governo hoje. “Quando assumi, o Estado não tinha condição de pegar meio centavo de empréstimo. Hoje, felizmente, tem”, lembrou.
Além dos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Márcio Zimmerman (Minas e Energia), o secretário estadual da Fazenda, Célio Campos, e o presidente da Celg, Carlos Silva, participaram do evento.