Goiânia entrou de vez no radar da inovação tecnológica nacional ao sediar uma série de encontros promovidos pela IABrasil, em parceria com o Hub Cerrado e o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA) da Universidade Federal de Goiás (UFG). A movimentação reforça o papel da capital como um dos principais polos emergentes de inteligência artificial (IA) no país.
“Esse movimento não começou agora”, destacou Carlos Magno, um dos articuladores da iniciativa, durante entrevista ao programa Tom Maior. “É fruto de mais de uma década de trabalho de pesquisadores goianos que hoje são referência global, como o professor Anderson, a professora Otelma, Celso Camilo e Arlindo. Isso chamou a atenção da comunidade IABrasil, que reúne mais de 12 mil pessoas em todo o Brasil”, afirmou.
O objetivo do tour estratégico promovido pela IABrasil é firmar parcerias, promover letramento digital e estimular a adoção de IA por empresas, profissionais e instituições educacionais. Para isso, foi lançada uma imersão de capacitação com foco em empresários, que contou inclusive com a participação de alunos do curso de bacharelado em Inteligência Artificial da UFG.
“Estamos trabalhando para que as pessoas deixem de apenas consumir IA e comecem a produzi-la. Já são mais de 700 pesquisadores aqui desenvolvendo tecnologias ‘made in Brasil’. E é isso que transforma: saímos do papel de consumidores e passamos a ser protagonistas”, explicou Carlos.
Durante a entrevista, ele também abordou o medo comum de que a IA substitua o ser humano. “A IA não vem para tirar o trabalho humano, mas para libertar o ser humano das tarefas repetitivas. Ela não cria o novo sozinha. O ser criativo, pensativo, é insubstituível. Usar IA é uma forma de sermos ainda mais humanos”, refletiu.
A UFG foi destacada como pioneira na formação em IA no Brasil, sendo a primeira universidade do país a oferecer um curso de bacharelado na área. “Já formamos duas turmas, e a terceira está em andamento. Além disso, contamos com o Centro de Competência em Tecnologias Imersivas e com projetos em parceria com instituições como a FATESE, PUC e IPOG”, explicou Carlos, reforçando o papel da educação na popularização e no avanço tecnológico.
A união entre academia, empresas e hubs de inovação como o Hub Cerrado permite uma abordagem prática da IA, aproximando-a da realidade do empresariado. “Existem muitas ferramentas no mercado que podem aumentar a produtividade e a competitividade das empresas. Precisamos desmistificar o uso da IA e mostrar que ela está acessível a todos”, completou.
Para quem deseja se aprofundar no tema ou participar de futuros eventos e capacitações, Carlos indicou três canais principais: o perfil da IABrasil nas redes sociais, o do CEIA da UFG e o Instagram do Hub Cerrado. “Se não for possível participar agora, com certeza haverá outras oportunidades. Nosso objetivo é impactar a sociedade e abrir caminhos para que mais pessoas entrem nesse universo transformador”, concluiu.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade
Leia também: