(Foto: Divulgação)

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O diretor da Quaest Consultoria e professor de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais, Felipe Nunes, disse em entrevista à Sagres 730 nesta segunda-feira (6), que o presidente Jair Bolsonaro criou uma rede de “fã clube” igual à de celebridades como Ivete Sangalo e Anitta. De acordo com Felipe Nunes, Bolsonaro conseguir montar um grupo de fãs que o perseguiam por todo o Brasil, criando virais nas redes sociais.

“Bolsonaro não é um fenômeno que apareceu do nada em 2018, muito pelo contrário, há uma construção de longo prazo, que começa no final de 2014, que combina uma estratégia digital da montagem do fã-clube”, disse. “Ele conseguiu montar um grupo de fãs que o perseguiam por todo o Brasil, criando virais de rede social o tempo inteiro, ele conseguiu juntar essa estratégia digital com uma outra, que foi de se posicionar sobre temas polêmicos na imprensa o tempo inteiro”.

Segundo o diretor da Quaest, Jair Bolsonaro era muito comentado na grande mídia, fazendo com que, aos poucos, o número de “fãs” crescessem nas redes sociais. “Essa estratégia é inédita no Brasil, muito parecida com o que a gente observa em outros países presidencialistas do mundo, o caso americano do Donald Trump é um exemplo”.

Para Felipe Nunes, toda estratégia digital foi pensada e planejada, mas teve um “elemento aleatório”, quando Jair Bolsonaro foi esfaqueado, em 6 de setembro de 2018, durante campanha para as eleições presidenciais. Segundo Felipe, isso deu ao Bolsonaro, “da noite para o dia”, uma grande exposição na televisão e um volume de seguidores nas redes sociais que, “dificilmente” conseguiria se não fosse por essa ocorrência.

“Para mim é uma combinação dos dois elementos, ele veio construindo a rede de seguidores e de fãs ao longo dos quatro anos anterior à eleição, mas o grande impacto que ele teve na rede, da noite do dia 6 de setembro até o dia 9 de setembro, por três dias, ele saiu de 6 milhões para 9 milhões de seguidores no Facebook. Isso é o efeito da facada que dá de novo a ele uma visibilidade absurda”.

Índice de Popularidade Digital

A empresa mineira de consultoria Quaest, que analisa o desempenho digital de figuras públicas no Facebook, Instagram e Twitter, divulgou na última semana um estudo sobre a popularidade dos políticos nas redes sociais. O Índice de Popularidade Digital (IPD), segundo Felipe Nunes, pondera e parametriza 40 variáveis, coletadas no Twitter, no Instagram e no Facebook. O IPD agrega as variáveis em cinco dimensões como: – a fama; – o engajamento; – o nível de interação; – o volume de valência (número de comentários positivos em relação àquela pessoa); – a presença digital do indivíduo.

“Então a gente pondera todas as variáveis, cria esse indicador que varia de 0 a 100, de modo que a gente consiga comparar melhor, dentro de cada segmento político ou de mercado, o desempenho da estratégia digital que cada indivíduo está desenvolvendo”, explicou. “Nós analisamos as redes de todos os governadores do Brasil, colocamos eles em uma mesma métrica, então essa pesquisa que realizamos mensalmente, não só leva em consideração seguidor ou like, mas sim os 40 indicadores, que combinados, dão origem a esse índice e compara o desempenho dessas personalidades”.

Segundo o diretor da Quaest Consultoria, a pesquisa não excluí robôs da análise, porque em tese, o resultado que tem do índice, está correlacionado com o resultado da eleição. “Essa relação de 0.94 é muito alta, o resultado do voto e do índice, a relação é tão grande porque justamente a gente conseguiu captar, inclusive o que é artificial na rede, mas que produz resultados reais”, afirmou. “Na eleição do Bolsonaro, eles montaram uma estrutura de disparo e compartilhamento na internet, que em grande parte é orgânica, mas tem a sua parte de artificial. Então a combinação desses dois elementos é que, na minha avaliação, geraram resultados de maior popularidade ou menor de alguns políticos”.

Os robôs precisam entrar na contabilidade, para Felipe Nunes, porque eles geram efeitos e fazem com que, mais pessoas reais vejam os conteúdos e tenham o acesso à mensagem. “Mas nós estamos classificando os perfis que analisamos, aqueles perfis que tem comportamentos que desviam dos padrões ou que estão acima da média do que a gente analisa, estão sendo classificados para serem analisadas de maneira separada”.

Novo elemento

As redes sociais são o novo elemento, explicou o diretor da Quaest Consultoria, não adianta conseguir dinheiro e influência no governo, se não consegue mostrar isso para um grande contingente de pessoas que se encontram nas redes sociais. “Os deputados que conseguem muito volume de verba e muito volume de cargo, são aqueles que tem mais influência sobre o governo e ao terem influencia sobre o governo conseguem passar mas credibilidade e confiança para o eleitor, com isso tende a conseguir mais apoio político”, disse.

As redes sociais transformaram no mecanismo de expressão e manifestação das atividades parlamentares. “O que a gente percebe é que, quem consegue se posicionar nas redes sociais de maneira mais clara, objetiva e mais abrangente aquilo que faz no seu mandato tende, pelo que o nosso índice mostra, ter o resultado eleitoral melhor”, completou.

Liderança de Caiado

O diretor da Quaest Consultoria, Felipe Nunes, explicou à Sagres que o governador Ronaldo Caiado (DEM) é um bom exemplo de como o projeto a longo prazo nas redes sociais dá bons resultados. “Em primeiro lugar e ele é um político de posição, sempre teve posições Claras e muitas polêmicas, surfou em relação ao antipetismo durante muito tempo e isso Deu a ele essa visibilidade ao longo de 2019. Em segundo lugar, ele assumiu um protagonismo e se transformou no principal defensor da agenda bolsonarista”. Com isso, de acordo com a análise do diretor, Caiado se transformará em uma liderança nacional, com ainda mais protagonismo por conta desse movimento.

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