Foto: Marcello Casal Jr./ABr

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O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio no Estado de Goiás (Seceg), Eduardo Amorim, disse em entrevista à Sagres 730 nesta quinta-feira (9) que teme a demissão de cerca de 20% dos comerciários em Goiás. Como são aproximadamente 200 mil trabalhadores em todo o Estado, o presidente prevê que 40 mil podem perder os salários. Nesta semana o sindicato fechou acordo com os sindicatos patronais que determina que qualquer negociação de redução de carga horária, que implique na redução de salário, ou suspensão de contrato de trabalho terá de ser realizada por negociação coletiva. A multa, para a empresa que descumprir, pode chegar a R$ 800 por empregado.

Eduardo Amorim revelou que é grande a negociação para redução de carga horária e de salário. Medida Provisória do governo federal publicada em 1º de abril autorizou as empresas a reduzirem, proporcionalmente, a jornada de trabalho e os salários dos empregados. A MP faz parte das iniciativas para evitar com que as empresas demitam durante o período da crise provocada pelo coronavírus.

A medida foi chamada de Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. O programa prevê a preservação do valor do salário-hora dos trabalhadores e estabelece que as reduções de jornada poderão ser de 25%, 50% ou de 70%. Segundo Eduardo Amorim, a maioria nos acordos é para redução de 50% do salário e da carga horária. “O foco das nossas reivindicações foi dar maior estabilidade ao trabalhador, aumentar, nem que fosse um pouco, o período estabilizatório, e acima de tudo, diminuir ao máximo possível essa possibilidade de existir demissões”, afirma. 

Como nós conseguimos que, no mês de março, os 19 dias trabalhados fossem pagos durante o mês de março e os 15 dias fossem dado férias, neste período não houve demissão, um número que justificasse em face da pandemia. Em abril também, existe um burburinho de que vai existir demissões, mas até o momento não houve aumento do número de demissões que venha a preocupar”, argumenta Amorim. “Há uma perspectiva que nós também acreditamos que vá girar em torno de 30% a 35%. Mas com as medidas, com o que foi negociado, nós acreditamos que isso não venha a passar de 20%”, avalia. “No estado de Goiás, como um todo, representa em torno de 40 mil pessoas”, calcula. 

De acordo com Amorim, o acordo abrange cerca de 200 mil trabalhadores em todo o estado. O presidente do Seceg diz que a projeção de 40 mil demissões é a maior já registrada na história de Goiás. “Fizemos este acordo e estamos entabulando outro, até mesmo, como foi um acordo coletivo e há prorrogação da convenção, nós estamos já articulando para, a partir de segunda-feira (13) nós firmarmos uma nova convenção coletiva onde a gente possa dar maior estabilidade ao trabalhador. Esse é um cenário ruim, nós acreditamos que possa ser bem melhor”, pontua.

Segundo Amorim, a maioria dos processos recebidos pelo Seceg até o momento é de reduçãos salarial, o que representa cerca de 90% dos pedidos para o mês de abril. A intenção do Seceg é evitar, ainda que por meio de um adiamento, quaisquer possibilidades de demissão nesse período, até mesmo possíveis novos acordos.  

“Nós já conseguimos aumentar, não é tão significativo mas já é um avanço, essa de 60 dias do período de suspensão para 70 dias de estabilidade, com pagamento, se ocorrer demissão nesse período, de salário integral, e a redução de 90 para 100 dias, se ocorrer antes dos 100 dias a demissão, pagará o salário sem a redução e todos os reflexos, ou seja, férias, 13º, tudo sobre o salário integral”, complementa.

Acompanhe a entrevista na íntegra com o presidente do Seceg no Manhã Sagres desta quinta-feira (9)

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