O advogado que defende os pesquisadores e diretores do Instituto Verus, na ação de “suposta” compra de votos em Anápolis, Sebastião Ferreira Leite, o Juruna, concedeu entrevista à RÁDIO 730 na manhã desta sexta-feira (29) e reiterou que estava sendo feito no município um trabalho de pesquisa qualitativa. Na avaliação dele, a ação que culminou na prisão de pesquisadores e pesquisados, fere a Constituição.

“As pessoas são inocentes, estavam trabalhando e isto é um atentado à Constituição, contra o Artigo 5º, da liberdade de trabalho e contra o Artigo 170, da liberdade de iniciativa”, argumentou.

Ele ainda questionou o fato da ação ter sido efetuada pela Polícia Civil, sendo que não é de competência dela: “Saíram do serviço deles e foram investigar algo que é de responsabilidade da Polícia Federal. Em Anápolis tem Polícia Federal e é competente”, complementou.

O advogado se mostrou “indignado” com a denúncia de que os pesquisadores estavam comprando votos. “Sou militante dos direitos humanos, da comissão de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil e nunca vi tamanha barbaridade na minha vida. Estou indignadíssimo e não se pode prender pessoas de bem. Todo o mundo faz pesquisa qualitativa no Brasil”, ponderou.

“As pessoas estavam fazendo pesquisa qualitativa e por isso recebem um brinde para participar. Ninguém é obrigado a fazer nada de graça”, complementou.

À RÁDIO 730, por telefone, o delegado titular da Delegacia de Roubo de Cargas, Itamar Correia – de onde foram designados os policiais civis que prenderam o grupo de pesquisadores e pesquisados – afirmou que a ordem, para que fosse enviado um grupo de agentes, partiu do Delegado Geral da Policia Civil, Aredes Correia Pires.