Somente com as imagens, foi preciso comprovar os maus-tratos. “São provas irrefutáveis. Se trata de crianças de colo, que não tem como prestar declarações e muitas agressões deixavam ematomas leves, que podem ser confundidos com quedas, brincadeiras. Esta era a justificativa da agressora, quando era questionada pelos pais”, disse a delegada, em entrevista coletiva.
Em uma das cenas, Maria do Carmo aplica um castigo, esfregando o dedo das crianças na parede até sangrar. Em outra, ela puxa os menores pelo braço e atira ao chão. A polícia solicitou, mas a justiça não decretou ainda a prisão da proprietária do berçário.
Segundo Adriana Accorsi, Maria do Carmo deve ser ouvida, assim como os funcionários e os pais. “Ela vai responder, nós pretendemos fechar o berçário e impedir que ela volte a cuidar de qualquer criança”, prometeu.
“Ao nosso ver, ela deve ser condenada por tortura psicológica e física contra essas crianças que ela tinha o dever de cuidar”, completou.