A carne é um importante produto na alimentação dos goianos e na economia do Estado. A expectativa para este ano nos setores pecuário, suíno e de avicultura é boa. A produção deve crescer, mas os preços para o consumidor local não terão grandes mudanças.

Segundo o presidente da comissão de pecuária de corte da federação de agricultura do estado de Goiás, José Manoel Caixeta, o setor tem esperança de crescimento, mas o produtor deve ter cautela para fazer investimentos e registrar as negociações.

 

“O aumento da arroba, do que era para o que está, teve uma proporção, e a proporção da carne no balcão foi muito maior do que isso. De dezembro para janeiro de 2010, um quilo de alcatra tinha subido 47%, enquanto a arroba do boi tinha se mantido no preço que estava de outubro de 2009. Por isso existe uma diferença entre a variação dos preços da arroba, e do quilo vendido nos açougues”, explica.

O presidente acredita que a produção de carne bovina no estado cresça em torno de 25% em 2011. Apesar disso, o preço final não deve sofrer alterações já que boa parte do produto é exportada. 

Segundo o presidente da comissão de suinocultura da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), Eugênio Arantes Pires, a provável manutenção dos preços da carne bovina abre espaço para o aumento do consumo da carne de porco.

A carne bovina tem um ciclo do boi que é mais longo e os preços não vão fugir muito do que estão. Os que migraram para a carne suína vão continuar, além de ser uma carne saborosa. A tendência da carne suína é que continue sempre crescendo.

Segundo Eugênio Arantes, as expectativas neste são boas apesar do aumento no custo de produção. Ele afirma que a carne suína é voltada ao mercado interno e 80% da produção fica no país.

O setor de avicultura também enfrenta problemas, com os custos de produção causados pela alta do preço do milho. De acordo com o presidente da Associação Goiana de Avicultura, Uacir Bernardes, o milho representa 49% do custo do frango.

“Esperamos uma estabilidade no preço do milho, e que este ano seja melhor, e o setor agrícola está bastante otimista e o consumidor vai continuar comprando proteína animal de excelente qualidade com preço bastante acessível”, completa