Cinco universidades públicas no Brasil apresentaram baixo desempenho na avaliação do Ministério da Educação (MEC).

As Universidades de Rio Verde (Fesurv), Estadual de Alagoas (Uneal), Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Estadual de Goiás (UEG) e Estadual de Roraima (Uerr) tiveram, em dois anos consecutivos, índice geral igual a 2.

O Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC) indica a qualidade das instituições de nível superior, para cursos de graduação e pós-graduação. O resultado pode ser 1 a 5.

O MEC afirmou que é responsável pela regulação das instituições e cursos do sistema federal de ensino, do qual fazem parte as instituições federais e privadas, e portanto, as estaduais e municipais, é de responsabilidade das secretarias e dos conselhos de educação.

O reitor da UEG, Luiz Antônio Arantes, comentou que a pontuação alcançada pela universidade foi apenas 1 ponto abaixo do limite da faixa do IGC, o que seria considerado um índice satisfatório, e que esse fato deve ser visto como algo desafiador.

“Vamos levar a UEG a revisar profundamente sua política para os cursos de graduação”, destaca.

Segundo o reitor, a UEG está entre as três instituições com o maior número de cursos que fizeram o Enade nos últimos três anos.

A Fesurv diz não concordar com a avaliação do MEC. Para a instituição, os resultados são velhos e não refletem a realidade. 

A Fersuv é mantida por uma fundação municipal. A Uncisal não respondeu aos questionamentos do Estado.

MEC tirou autonomia de entidades ruins

Em janeiro, o MEC tirou a autonomia universitária de 15 instituições de ensino superior. Elas foram punidas por apresentarem baixo desempenho no primeiro ciclo do Sistema Nacional da Educação Superior (Sinaes), no período de 2007 a 2009.

Com o fim da autonomia universitária, elas não podem criar cursos ou aumentar o número de vagas sem pedir autorização ao ministério.

Para recuperar a independência, elas terão de apresentar resultado satisfatório nas próximas avaliações.