Sagres em OFF
Rubens Salomão

Críticas de governistas retornam à tribuna e intensificam crise da base caiadista na Alego

Os deputados estaduais Amauri Ribeiro (Patriota) e Paulo Trabalho (PSL) usaram a tribuna tradicionalmente utilizada por governistas, para criticar o próprio governo de Ronaldo Caiado (DEM). Os dois eram, desde a eleição de 2018 e até o início do ano, considerados membros do núcleo duro da base caiadista na Assembleia Legislativa, mas têm manifestado série de críticas à atual gestão desde o processo eleitoral de 2020.

Paulo Trabalho agora adotou tom de oposição e discursou especificamente para rebater o líder do governo, Bruno Peixoto (MDB), que na terça-feira (08) discursou em defesa da gestão estadual durante a pandemia. Paulo disse que o que foi feito “não foi mais que a obrigação”, inclusive com o dinheiro (R$ 10 milhões) que foram repassados pela Alego.

Além disso, o deputado afirma que hospitais de campanha demoraram a funcionar; que programa sociais “foram esvaziados” e que só foi entregue uma das 17 policlínicas prometidas na campanha. Paulo Trabalho repetiu que Ronaldo Caiado estaria dependendo de Jair Bolsonaro para ser reeleito e que, por isso, o democrata voltou a se aproximar do presidente.

“Está desgastado com produtores rurais, professores, servidores públicos, Polícia Militar, Bombeiros, comerciantes e pessoas em geral, que perderam seus empregos. Então, será um governador de um mandato só”, discursou.

Foto: Deputado Paulo Trabalho em discurso de oposição a Ronaldo Caiado. (Crédito: Hellenn Reis/Alego)

Insatisfeito

O deputado Amauri Ribeiro não avançou em discurso mais opositor, mas voltou a cobrar atenção do governo aos parlamentares da base. “Deputados da oposição têm conhecimento de projetos antes mesmo de eles chegarem à Casa e os da base não tem explanação. E eu, como deputado da base, me sinto desmerecido, envergonhado por tal atitude. Volto a dizer: sou base, mas exijo um mínimo de esclarecimento”.

Foto: Amauri Ribeiro se mantém na base, mas retoma críticas ao governo. (Crédito: Hellenn Reis/Alego)

Aos números

Na prática, a base governista segue sem os 25 deputados necessários para maioria confortável. Do total de 41, a Assembleia Legislativa tem 12 parlamentares de oposição: Alysson Lima, Antônio Gomide, Adriana Accorsi, Cláudio Meirelles, Humberto Teófilo, Gustavo Sebba, Hélio de Sousa, Henrique Arantes, Lêda Borges, Lucas Calil, Major Araújo, Talles Barreto.

Os desgarrados

Restariam, então, 29 que se posicionariam na base governista. No entanto, nove deles são considerados desgarrados, por diferentes motivos. Além de Amauri Ribeiro e Paulo Trabalho, entram na lista Eduardo Prado, Karlos Cabral e Virmondes Cruvinel, que seguem afastados desde que votaram contra o estatuto do servidor, em 2019; além de Jeferson Rodrigues, Paulo Cézar Martins, Vinícius Cirqueira e Zé Carapô, após divergências na eleição municipal deste ano.

O resgate

O líder Bruno Peixoto afirma ter garantido a virada de três destes desgarrados, chegando ao número de 23 na base. Um deles, no entanto, seria Paulo Trabalho, que ontem intensificou as críticas ao governo.

Reforço

Depois de reunião do PSDB em Trindade, em que o ex-governador Marconi Perillo valorizou a importância da oposição a Caiado na Alego, esfriaram as expectativas no Palácio das Esmeraldas de que Francisco Oliveira chegue para reforçar a base aliada. Chiquinho estava na reunião e assume mandato em janeiro, na vaga aberta pela eleição de Diego Sorgatto à prefeitura de Luziânia.

Primeiro aqui

Como antecipado pela Coluna Sagres em Off, a Câmara dos Deputados aprovou regime de urgência ao projeto que revisa o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e cria o Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF), que podem atender demandas de estados endividados. A votação está prevista para esta quinta-feira (10).

Pacto Global da ONU 

Por sugestão do Conselho Regional de Engenharia (CREA), a Assembleia Legislativa espera receber em breve a confirmação para ser signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), que busca promover o diálogo entre empresas, governos e sociedade civil para o desenvolvimento de um mercado global mais justo, inclusivo e sustentável.

Membros locais

Lançado em 2000, pelo então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o Pacto Global é hoje a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo e tem como integrante o Conselho Regional de Engenharia desde maio de 2019. No início do ano, o Sistema Sagres de Comunicação passou a integrar o Pacto e se comprometeu com a Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Longo caminho

No o Dia Internacional Contra a Corrupção, registrado nesta quarta-feira (09), a ONG Transparência Internacional caracterizou a situação do Brasil. Segundo relatório, o país segue em “progressiva deterioração do arcabouço institucional anticorrupção”.

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