De acordo com especialistas, o Brasil está sim vivendo, assim como Estados Unidos e Europa, uma nova onda de contágios de Covid-19. Mas de que maneira essa nova alta de registros da doença por impactar as empresas e como elas podem se antecipar a uma crise?

Em entrevista ao Sagres em Tom Maior #166 desta sexta-feira (18), o consultor empresarial Carlos Moreira avalia que uma segunda onda da pandemia neste momento, sem nenhum planejamento, poderia fazer romper a corda que pequenos, médios e grandes empresários conseguiram manter firme nos últimos meses.

“A grande maioria já sofreu um impacto muito forte no seu caixa pela primeira fase da pandemia. E se ele não se estruturou, não focou no planejamento, não se preocupou com a geração de caixa, uma segunda onda pode ser quase que fatal para o empresário. Então ele tem que olhar muito bem para o seu volume de vendas, o planejamento estratégico, a sua parte financeira e a geração de caixa que é o mais importante”, avalia.

De acordo com a Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, realizada pelo IBGE, desde que a pandemia chegou ao Brasil, mais de 700 mil empresas fecharam as portas em todo o país. Para Carlos Moreira, sem nenhuma exceção, todos os empresários sentirão os efeitos de uma possível nova onda da pandemia.

“Desde o Chico Pipoqueiro até o empresário com mil funcionários tem que ter. O que muda é a dimensão da preocupação, mas a preocupação em si é a mesma”, analisa.

Neste ano, o governo federal anunciou uma série de medidas para ajudar empreendedores a se manterem de pé durante a pandemia, entre elas as tributárias que adiam, suspendem ou alteram o valor a ser recolhido aos cofres públicos, assim como prazos de pagamento e entrega de declarações.

“Seria muito importante que o governo repetisse isso para que os empresários pudessem ter mais um fôlego até pelo menos julho do ano que vem. Eu tenho certeza que isso ajudaria muito as pequenas e microempresas a terem a água descendo um pouco mais abaixo da linha da boca para poder respirar com um pouco mais de tranquilidade”, conclui.

Confira a entrevista na íntegra com Carlos Moreira a seguir no STM #166