Os usuários do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) a partir de agora terão número limitado de consultas por ano. A medida do órgão visa promover uma racionalidade do sistema e evitar que o contribuinte utilize o serviço sem necessidade, gerando economia para o instituto. O diretor de Assistência do Ipasgo, Múcio Bonifácio, ressaltou que a intenção é que cada usuário tenha no máximo oito consultas por ano.
“Nós estamos limitando a um patamar de regulação em torno de seis consultas por ano, e mais duas consultas que são automaticamente autorizadas pela auditoria médica do Ipasgo. Então nós estamos falando de um universo de oito consultas ao longo de 12 meses. Se houver atendimento ambulatorial, em pronto-socorro, dessa natureza, serão uma média de duas consultas ao dia. E na verdade também estamos excluindo dessa medida aqueles que tem tratamento continuado, doenças crônicas”, descreveu Múcio, em entrevista à Rádio 730.
Segundo o diretor, foi adotada uma forma específica de procedimento para consultas de emergências. “Se há emergências, nós estaremos já de maneira automática permitindo que haja duas consultas ao dia. O que não pode ocorrer são fatos que recentemente foram levados à opinião pública, em que as auditorias do Ipasgo detectaram atendimentos até em média superior a uma consulta por dia, o que fez com que o usuário do Ipasgo, em tese, ficasse durante o ano todo consultando”, argumentou. Uma auditoria está sendo finalizada e deve identificar as irregularidades no Ipasgo.
Má gestão
A secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Alba Valéria, reclamou da medida. De acordo com ela, o problema no Ipasgo representa a falta de uma gestão adequada. “É uma má gestão do recurso do trabalhador porque todo mês nós pagamos e eles não repassam para os prestadores de serviço. Dizem que tem gente que tem milhões de consultas em um único mês, isso é problema de gestão, que não tem uma auditoria competente para averiguar se aquela fatura que está sendo apresentada pelos prestadores de serviço é verídica ou não”, declarou.