Apesar do ano complicado vivido em 2020 por conta da pandemia do coronavírus, o Atlético Goianiense tem situações a comemorar. Primeiro o clube foi o melhor goiano na disputa da Copa do Brasil e de volta à Série A do Campeonato Brasileiro, vai começar 2021 na 12º colocação e dentro da faixa de classificação para a Copa Sul-Americana.

Estruturalmente, além das melhorias em seu centro de treinamentos, a diretoria rubro-negra também conseguiu reformar o Estádio Antônio Accioly para receber pela primeira vez em sua história um jogo da primeira divisão nacional (Atlético-GO 0x0 Internacional no dia 28 de novembro). Mesmo sem o valor de um patrocínio máster e com limitação financeira, o Castelo do Dragão recebeu melhorias e adaptações -como o aumento da capacidade do público- exigidas pela CBF.

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O feito aconteceu no segundo ano de mandato de Adson Batista como presidente do clube, mas o dirigente ressalta que o trabalho é em conjunto e vem há muitos anos, até mesmo quando foi diretor de futebol nas gestões de Valdivino de Oliveira e Maurício Sampaio.

“É histórico (receber jogo da Série A). Mas eu há 15 anos fazendo a gestão do Atlético-GO porque vivo 24 horas o clube (…) Então não sinto que esse fato aconteceu na minha gestão porque eu participei de todas diretamente. Não tenho essa vaidade porque tudo que aconteceu nesses 15 anos eu participei, sendo que muitas coisas de melhorias do clube eu liderei praticamente todas”, destacou Adson em entrevista à Sagres.

Com parte dos planos atrapalhada pelos impactos da pandemia em todos os setores, o dirigente planeja o futuro e quer trazer ainda mais novidades para a mais a praça esportiva mais tradicional do bairro de Campinas.

“Eu quero trabalhar muito e conseguir vender um jogador para colocar cadeiras, esse é o primeiro objetivo. Outra coisa é fazer o alinhamento da parte da tribuna com todo o estádio. Depois, no futuro, quando essa pandemia sumir do planeta, queremos fazer na parte de fora um centro de lazer com uma grande cafeteria, restaurante e bar para o Accioly ser referência para Campinas”, explicou o presidente.

Estádio Antônio Accioly (Foto: Heber Gomes/ACG)

Com as melhorias nos planos, o próximo passo deve ser ainda mais marcante para o estádio atleticano. Adson Batista revelou em entrevista exclusiva à Sagres que sonha com o Accioly como uma ‘arena’ e que já há um contato com uma empresa para a negociação do naming rights da casa rubro-negra.

“Quando colocar cadeira inegável que vai ser arena. Aliás já tenho uma consulta com uma empresa que quer discutir com a gente o naming rights, um valor um pouco tímido, mas é importante. Vamos ter que dar o primeiro passo e estamos felizes que têm empresas que acreditam na administração do Atlético-GO e que enxergam o clube como uma grande marca”, revelou o dirigente.

Comum em estádios mundo afora, o uso do naming rights está presente em quatro praças esportivas no Brasil: Allianz Parque, estádio do Palmeiras, Itaipava Arena Fonte Nova em Salvador, Itaipava Arena Pernambuco em Recife e o último a aderir foi o Corinthians, que agora tem como casa a Neo Química Arena.

Visto como uma receita a mais para os clubes, uma possível parceira com uma grande empresa também pode ser uma alternativa para os próximos meses, já que ainda não há previsão de retorno do público aos estádios. Por isso, Adson Batista não descarta que o Antônio Accioly tenha um novo nome já neste ano.

“Pode vir em 2021, nós estamos avaliando e discutindo isso. Pode ser uma receita importante até porque todo jogo gastamos R$ 50 mil, na verdade nós pagamos para jogar, toda partida nós temos que levar essa quantia para pagar essa conta que é pesada quando não se tem receita”, afirmou.

Apesar disso, o presidente não quis entrar em detalhes quanto a negociação. “Nós temos discutido, mas não posso dar mais detalhes porque tem cláusula (contratual) e não podemos expor. Mas é um grande grupo brasileiro”.

Ouça Adson Batista falando sobre o Estádio Antônio Accioly: