Em reunião realizada nesta sexta-feira (22), entre o governador Ronaldo Caiado (DEM) e o procurador geral de Justiça do Ministério Público de Goiás, Aylton Vechi, ficou decidido que haverá uma intensificação para apurar “fura-filas” de vacinas contra a Covid-19 e punir os casos que já ocorreram em Goiás.

O governador explicou à Sagres que a Secretaria Estadual de Saúde ficará responsável por encaminhar ao Ministério Público as informações disponíveis no sistema nacional de imunização. O Ministério Público já apura relatos a respeito de ‘fura-filas’ no interior de Goiás e, em dois casos específicos, já começou a tomar providências legais: em Santa Helena e em Pires do Rio.

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“Determinei que a minha secretaria de Saúde possa transferir para o Ministério Público o sistema de informação do Plano Nacional de Imunização. O Ministério Público terá acesso a todas pessoas vacinadas em todos os municípios de Goiás e serão tomadas as providências devidas nos casos”, explicou Caiado.

Para o governador trata-se de uma questão desrespeitosa. “É um desrespeito completo, querer sobrepor uma regra que é nacional, que define quais são os critérios em decorrência da gravidade que as pessoas estão expostas e ele acha que por estar num cargo pode prevalecer sua posição numa situação que é de saúde pública. Não vamos admitir que de maneira nenhuma isso aconteça”, disse.

Com os dados à disposição, o Ministério Público vai tomar providências contra pessoas que estão furando a fila para receber dose do imunizante mais rápido.

Vale ressaltar que no sistema consta o nome de todas as pessoas que foram e serão vacinadas em Goiás. O procurador-geral de Justiça, Aylton Vechi, relatou que “furar-fila” é ser desumano.

“Eu gostaria de dizer que por princípio de humanidade as pessoas deveriam respeitar aquela linha que foi concebida pelo Plano Estadual e pleno Plano Nacional. Furar fila é deixar de ser humano, é deixar de reconhecer um princípio básico de uma sociedade civilizada. Uma punição é criminal, inclusive dependendo da situação, com o fornecimento da Secretaria de Saúde verificar se a ordem foi respeitada e se não foi respeitada a imputação do crime de abuso de autoridade”, disse o procurador.

Canais de denúncia
O procurador-geral informou à população sobre os canais de denúncia ao Ministério Público: o MP Cidadão, formulário disponível no site da instituição; o telefone 127, cuja ligação é gratuita; e o atendimento presencial, realizado das 12 às 18 horas.