Há mais de 20 anos, o Hospital São Francisco de Assis, em Goiânia, utiliza um sistema de produção autônoma de oxigênio. A unidade consegue ter excedente de cilindros de O2 no mercado, que poderiam ser até vendidos. O mecanismo se tornou referência e está sendo usado em Manaus, que tem vivido um colapso na Saúde com a falta de oxigênio.

O diretor do HSFA, o médico Hugo Walter Frota Filho, afirmou que essa autonomia permite economia para a unidade de saúde. “Paramos de ficar na mão de empresas que colocam os preços do oxigênio onde bem entendem e passamos a gastar cinco vezes menos”, explica.

A usina instalada no HSFA é uma das mais modernas do mundo, segundo o próprio médico, e foi desenvolvida para suprir a demanda dos hospitais de campanha do Exército americano. O Ministério da Saúde enviou para o Amazonas cinco usinas dessa mesma marca e modelo para amenizar a situação na capital amazonense.

“Essa usina é compacta, de dimensões necessárias apenas a sua eficiência, produz um oxigênio de alta qualidade e pureza e ainda nos permite encher cilindros que garantem que não vai faltar oxigênio em nenhum momento para nossa unidade”, frisa Hugo Frota Filho.

A usina de oxigênio instalada no HSFA produz 30 metros cúbicos de oxigênio com teor de pureza de quase 96% por hora. O grande diferencial em relação a todas as outras disponíveis no mercado é que ela permite encher cilindros com até 20 litros. “Nossa usina pode encher até 8 cilindros desses por dia, o que poderíamos até vender ou fornecer para outros parceiros que necessitem”, comenta o diretor.