Decisão judicial obriga as empresas de ônibus a transportarem apenas passageiros sentados em Goiânia. A avalição do consórcio RedeMob, que reúne concessionárias que atuam nas cidades da região metropolitana da capital é que a medida é “impossível” de ser seguida.
Em entrevista o Sinal Aberto Edição do Almoço, o diretor executivo do consórcio RedeMob, Leomar Avelino, argumentou que em lugar nenhum do Brasil a ação é praticada.
“É impossível transportar as pessoas simplesmente sentadas nos ônibus na região metropolitana. Se arrumar mais 2 mil ônibus os terminais não funcionariam, as linhas ficariam mais complicadas e o transporte travaria tudo”, argumentou.
Leomar Avelino citou que a frota atual é de 1011 veículos, englobando todos os veículos que têm condições de rodar. Juntas as cinco empresas que atuam na região têm 1100 ônibus para operar no sistema.
O diretor relatou que são 190 mil viagens no dia, sendo na hora pico no período da manhã, em torno de 60 mil viagens, grande parte no Eixo Anhanguera.
Higienização
O diretor do RedeMob alegou que há um trabalho de higienização com lavagem dos ônibus todas as noites nas garagens e durante o dia há pessoas nos terminais que fazem a limpeza na medida que o motorista para o ônibus.
Decisão Judicial
A Justiça concedeu liminar que determina que os ônibus transportem apenas passageiros sentados na região Metropolitana de Goiânia. As empresas de transporte coletivo e a Prefeitura têm 48 horas para cumprir a determinação do juiz José Proto de Oliveira.
A liminar foi concedida em resposta à ação protocolada pelo vereador, Ronilson Reis (Podemos). No processo, houve a cobrança para que as empresas do transporte coletivo respeitem o último decreto municipal e que não transporte nenhum passageiro em pé. O decreto também estabeleceu que as concessionárias cheguem a 1.100 ônibus em circulação.
A decisão é para evitar aglomerações e consequentemente maior proliferação do coronavírus.