O promotor Rodrigo César Bolleli Faria, em substituição na 50ª Promotoria de Justiça de Goiânia, propôs ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra a diretora de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa de Goiás, Jacqueline Nasiazene Lima. Na decisão, ele pede o seu afastamento do cargo.

Segundo a ação, a diretora obrigava uma servidora a lhe respassar parte da sua remuneração sob a ameaça de ser exonerada. O Ministério Público pediu também o bloqueio de bens de Jacqueline até o limite de R$ 35.040,00.

O Caso

De acordo com a ação proposta pelo MP, a funcionária Régia Maria da Silva foi contratada como estagiária na Assembleia Legislativa em 2009 graças à influência da diretora.

Meses depois, a diretora conseguiu que ela assumisse o cargo comissionado de assessora, função subordinada diretamente a Jacqueline,  e passasse a receber um salário de R$ 3.620,00.

No entanto, R$ 2.920,00 eram repassados para a diretora. O valor era sacado e entregue em mãos para a diretora.

Conforme relata o promotor, ao se apropriar indevidamente de parte do salário de uma servidora, a ré adquiriu uma vantagem patrimonial ilegal.

Segundo Rodrigo César Bolleli, a permanência de Jacqueline Nasiazene no cargo de diretora de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa pode prejudicar as investigações, uma vez que sua função exerce influência no local.

No mérito da ação, o promotor pede a condenação da ré na perda dos valores acrescidos ilicitamente ao seu patrimônio, que totalizam R$ 35.040,00, suspensão dos direitos políticos por um prazo de oito a dez anos,  pagamento de multa civil de atré três vezes o valor do enriquecimento e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais creditícios.

Fonte: Assessoria de Imprensa – Ministério Público/GO