Com o retorno previsto das aulas presenciais para o próximo dia 2 de agosto, as escolas particulares planejam a retomada, visando seguir todas as orientações da Secretaria de Educação como, por exemplo, o limite de 50% da capacidade de cada instituição.

Leia também: Prazo para renovação do Programa Universitário do Bem termina no próximo sábado (31)

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (SEPE) e do Conselho Estadual de Educação, Flávio Roberto de Castro, detalhou em entrevista à Sagres que mesmo com as aulas presenciais, as aulas remotas continuam até o final do ano, então os pais que não se sentirem confortáveis para mandar os filhos para a escola terão acesso ao ensino.

“O que a grande maioria das escolas está fazendo é transmitir a aula que está acontecendo em tempo real. Nesse retorno, a gente precisa identificar qual vai ser a demanda por parte das famílias e, se precisar, faremos um rodízio. Em uma semana um grupo com os primeiros 50%, na outra semana o outro grupo”, afirmou.

Ouça a entrevista completa:

A escolas particulares já trabalharam de maneira híbrida neste primeiro semestre de 2021, mas para o retorno agora em agosto, novos protocolos foram adotados pela Secretaria de Educação. As principais adequações são relativas ao distanciamento, com espaçamento de um metro entre os estudantes, além da separação de alunos e professores com comorbidades.

“É claro que é preciso fazer um reforço junto aos pais, alunos e professores. Há uma preocupação muito grande por parte de toda a comunidade escolar com esse retorno após as férias, então nós tivemos três ou quatro reuniões com o Centro de Operações Emergenciais (COE) para atualização dos protocolos. Nós orientamos que todos cumpram na íntegra as medidas”, declarou Flávio.

Também há um protocolo para controle da transmissão da Covid nas escolas. O presidente explicou que todos os casos positivos devem ser notificados para que a Vigilância Sanitária possa fazer o monitoramento. Se uma turma apresentar mais de dois ou três infectados, as aulas da classe podem ser suspensas.

Questão emocional

O presidente do SEPE demonstrou preocupação coma saúde mental das pessoas envolvidas com a educação nesse retorno, principalmente com os alunos. Flávio declarou que há um investimento feito com a disponibilização de atendimento psicológico para os alunos. “Inclusive, os pais nos pediram para continuar com o atendimento no segundo semestre”.

O convívio entre as crianças nas escolas, além da observação dos profissionais de educação em relação ao comportamento dos alunos deixaram de existir com as aulas remotas, mas retornam agora e, segundo o presidente, cumprem um papel social. “A escola, seja pública ou privada, ela tem o papel de percepção do crescimento do aluno, de auxílio e de alertar, quando preciso”.

Assista a entrevista no Sagres Sinal Aberto: