Pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo PSDB, o secretário do Meio Ambiente do governo do Estado, Leonardo Vilela, voltou a fazer críticas ao atual modelo administrativo de Goiânia. Leonardo diz que a atual administração está mal avaliada pela população. “Uma administração levada por denúncias de corrupção, desvios, superfaturamento”.
Leonardo acusa o atual prefeito e diz que o mesmo divide secretarias para abrigar aliados, “Inclusive, abrigando aí, um monte de gente na prefeitura, por causa dos partidos que poderão apoiá-lo em outubro desse ano, pensando em dividir secretaria para abrigar novos partidos, loteando a prefeitura pra conseguir apoio para as próximas eleições”, alfineta.
Questionado sobre essa prática fazer parte de todos os governos, Vilela discorda. Para ele, essa não é a maneira correta. “Isso é brincar com o dinheiro público, contratar pessoas sem pensar na sua qualificação profissional, sem pensar naquilo que vão fazer para o bem da cidade. Eu discordo dessa postura, é uma prática atrasada e que não deve encontrar respaldo entre o eleitor”.
Sobre o transporte coletivo, o tucano diz: “Quando eu falo que o transporte coletivo de Goiânia é ruim, é porque não foram feitas as intervenções necessárias”. Vilela cita a criação de corredores exclusivos, terminais sem condições de segurança. “O que falta é decisão política”.
A respeito da gestão compartilhada do transporte coletivo entre prefeitura e Estado, Leonardo rebate e diz que há funções que são exclusivamente da prefeitura de Goiânia. “O estado está fazendo sua parte”. É preciso parar de achar que vai resolver o problema de Goiânia cortando praça e colocando semáforo, sem informatização, sem tornar o trânsito inteligente”.
Definição
O tucano relata que não participou da reunião que o definiu como pré-candidato do PSDB, “Fiquei sabendo da reunião por alguns integrantes”.
Leonardo assegura que o partido discutiu a questão dos pré-candidatos. “Desde agosto, o partido está se reunindo com os pré-candidatos e com o Diretório. O PSDB teve uma discussão extremamente efervescente, uma discussão aberta, democrática, onde todos foram ouvidos”.
O secretário acredita que seu nome possui condições de aglutinar os partidos que compõe a base de apoio do governador Marconi Perillo em uma coligação que possa apresentar alternativas à administração do atual prefeito.
Com um número estimado em 14 partidos na base do prefeito Paulo Garcia, Leonardo afirma que, no pleito de 2010, o governador Marconi Perillo recebeu o apoio de 14 partidos, mas, para o pleito de 2012 a base marconista deve contar com cerca de 10 a 12 partidos.
Jovair Arantes
Aliado e pré-candidato declarado na corrida ao Paço, Jovair Arantes (PTB) afirmou que sua candidatura será registrada e que espera apoio do governador. Leonardo defende que o petebista tem legitimidade.
“Jovair faz parte da base aliada, sempre apoiou o governador Marconi Perillo, tem todo o direito de reivindicar a sua candidatura pelo PTB”, diz o secretário Leonardo.
O mesmo revela que conversará com Jovair até o dia 30 de junho para conversar sobre um possível apoio e revela: “é lógico que gostaríamos de tê-lo apoiando a nossa candidatura. Se não for possível, se ele insistir em manter sua candidatura, nós respeitamos isso. Quem passar para o segundo turno terá o apoio do outro”, acredita.
Outros nomes da base que pleitearam candidatura são os deputados Fábio Sousa e João Campos. Sobre os companheiros de partido, o tucano revela que há uma conversa marcada com os tucanos Fábio Sousa e João Campos.
“Quero ouvi-lo, ouvir sugestões que ele tem, o Fábio formatou um plano de governo para Goiânia”. Leonardo diz que pedirá engajamento do deputado na campanha como liderança. O mesmo se estende ao deputado federal João Campos.
Além dos deputados citados, o pré-candidato pretende se reunir com membros dos partidos aliados na tentativa de construir um bom tempo de televisão.
Sobre a saída do da secretaria de meio ambiente, Vilela diz que ainda não foi definida uma data, mas, a lei permite que ele permaneça no cargo até 120 dias antes das eleições. “Eu acredito no final de março é um bom período, quero terminar alguns projetos”.
Derrotas
O secretario atribui o insucesso nos últimos pleitos à falta de sintonia de propostas. Para reverter o quadro de derrotas, Leonardo defende reuniões com os seguimentos organizados, discutir as críticas que são recebidas e formatar um programa de governo em cima delas. “É preciso que o candidato esteja sintonizado com os anseios da população”.