Com o objetivo de reforçar e ampliar a formação de recursos humanos nos programa de pós-graduação stricto sensu das instituições públicas de ensino superior sediadas em Goiás, o governador Marconi Perillo e a presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás, Maria Zaíra Turchi, assinaram um convênio com a Capes. Por meio desse acordo de cooperação, serão concedidas bolsas de pesquisa em diversos níveis e apoio à infraestrutura dos programas de pós-graduação. Serão investidos R$ 39 milhões para o programa, sendo R$ 16,2 milhões da Capes e R$ 22,8 milhões do tesouro estadual. A solenidade de assinatura aconteceu na manhã de hoje no Castro’s Park Hotel, onde também acontece o Fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).
Em discurso, o governador Marconi Perillo afirmou que a expectativa para esse fórum é de estreitar a parceria com a Capes e todos os presentes. “Nós e o Brasil esperamos muito dos senhores e senhoras, para a contribuição da pesquisa, para o fomento da ciência, da economia criativa e cooperação dos estados para a promoção do desenvolvimento harmônico e sustentável”. Marconi ressaltou que tem assumido o compromisso de cumprir integralmente os repasses para a Fapeg, de acordo com o que estabelece o percentual na Constituição do Estado.
O governador ainda comentou sobre sua intenção, já dialogada anteriormente com o ministro Aloizio Mercadante, para que, aprovada a partilha do pré-sal para estados e municípios, entre 50% a 70% dos recursos sejam destinados à educação, à ciência e à tecnologia. . Caso não haja esse dispositivo em nível federal, ele enviará à Assembleia Legislativa uma proposta de emenda à Constituição, garantindo no mínimo 50% desses recursos para essas áreas. “Pelo que vi, a tendência, uma vez que acertada essa partilha e aprovado no Congresso esse projeto, é que os recursos cresçam de forma significativa ano a ano. Pelo que vi no ano de 2020, por exemplo, Goiás teria uma receita proveniente do pré-sal em torno de um bilhão de reais. Imagine esses recursos investidos em ciência, tecnologia e educação”.
Marconi falou sobre o crescimento de Goiás em várias áreas como na agropecuária, indústria e exportações. “Cito esses números como introdução para a situação do estado, para reiterar que nossos desafios são muito grandes, mas sobretudo para reiterar nossa compreensão como cidadão e governante de que a pesquisa, ciência e tecnologia desempenham papel decisivo no crescimento sustentável. Com todo o sacrifício que afeta os tesouros estaduais, investimos 3% da receita líquida do estado na área de ciência, tecnologia e inovação, seja no fomento direto na pesquisa como na Fapeg, seja para o setor público, seja para o mercado”, conclui.
Fórum Nacional do Confap
Goiás sedia pela primeira vez o Fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). Durante todo o dia de hoje até amanhã à tarde, no Castro’s Park Hotel, serão realizadas palestras, apresentações e discussão dos indicadores das Fundações de Pesquisas. Serão discutidos programas de desenvolvimento à pesquisa em economia criativa e os mecanismos de cooperação. Ainda, os presidentes das Fundações vão tratar de questões administrativas e deliberações internas do Confap.
Segundo a presidente da Fapeg, Maria Zaíra Turchi, o Fórum é uma entidade forte que reúne todas as fundações dos vários estados brasileiros, que tem a missão do fomento à ciência, tecnologia e inovação nos vários estados. “Hoje Goiás sediar este Fórum é uma confirmação da consolidação da Fapeg, que hoje, apesar dos seus seis anos, já tem condições de sediar um evento desse porte, que vai discutir a continuidade de programas e projetos que são feitos em parceria entre as fundações estaduais, CNPQ, Ministério da Cultura”. Ela ainda informa que vai iniciar neste Fórum a possibilidade de discutir sobre a economia criativa com o Ministério da Cultura.
De acordo com o presidente do Confap, Mário Neto Borges, este evento acontece em um momento em que a Fapeg está ganhando nova visibilidade. “Viemos aqui para reforçar a importância dessa Fundação para Goiás no particular e para o Brasil no geral”. Sobre o motivo de o estado sediar pela primeira vez o evento, ele diz “Goiás demonstrou que está valorizando a questão da ciência e tecnologia, dando o papel e importância que merece, que precisa ter para o desenvolvimento do Estado”. Para o secretário executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Rodrigues Elias, também presente no evento, este fórum tem uma agenda estrutural e necessária para a sociedade, “porque em todas as atividades tem ciências”, conclui.
Do Goiás Agora.