A área da Central de Material Esterilizado (CME) do Hospital de Doenças Tropicais de Goiânia (HDT) foi interditada em uma operação conjunta da Superintendência Regional e Emprego de Goiás com o Conselho Regional de Enfermagem, após denúncias de funcionários. Na ação, foi avaliado o ambiente de trabalho dos profissionais de saúde e constatado risco à integridade física e mental de quem atua na área.
A Auditora Fiscal e Coordenadora da Operação, Jacqueline Ramos Silva Carrijo, descreveu o ambiente interditado e segundo ela, essa é uma área especial do Hospital. “O prédio é muito antigo, há muito mofo nas paredes, infiltração, tamanho do local inadequado para a quantidade de trabalhadores e é uma área crítica (materiais sujos)”, relata.
Outros problemas estruturais foram identificados, como, extintores de incêndio com carga vencida; instalações elétricas inseguras e hidráulicas danificadas; ausência de controle pela falta de manutenção, da qualidade da água, do ar; entre outras irregularidades. Além disso, os funcionários foram vistos sem o uso adequado de equipamentos de segurança individual para se protegerem de contaminação.
A enfermeira fiscal do Conselho Regional de Enfermagem, Luana Cássia Miranda Ribeiro, explica que também foi detectada sobrecarga de trabalho e aumento dos riscos de acidente provocados pelo não funcionamento de algumas máquinas. “Com essa sobrecarga de trabalho não podemos garantir a qualidade. A gente espera é a diminuição de riscos para a sociedade”.
A Coordenadora da Operação, Jacqueline Ramos Silva Carrijo, afirmou que haverá suspensão imediata da interdição, após adoção das medidas de proteção da segurança e saúde no trabalho indicadas no Termo de Interdição. (Com repórter Samuel Straioto)