A Comissão Parlamentar de Inquérito, CPI do Cachoeira, na Assembleia Legislativa de Goiás está com trabalhos paralisados desde agosto deste ano e não tem prazo para retomar as atividades de investigação. A CPI foi suspensa quando foi oficialmente comunicada de mandado de segurança expedido pelo Tribunal de Justiça do Estado, que proíbe investigação de contratos da Delta com prefeituras dos municípios de Aparecida de Goiânia e Catalão.
O relator da Comissão, deputado Talles Barreto, do PTB, explica que os membros continuam esperando uma nova decisão judicial sobre a possibilidade de investigação sobre as cidades. “A CPI foi prorrogada por 90 dias e tem todo um trabalho a ser executado eu estou preparando o relatório não justifica encerrar, não tem por que e nós estamos esperando uma decisão judicial que é muito importante nós estarmos buscando descobrir a forma que a corrupção ativa da construtora Delta estava tendo em cima das prefeituras, a decisão vai ser importante para fazermos novas audiências e reabrir os trabalhos de uma forma incisiva para fecharmos os nossos relatórios”, informou o relator.
O deputado ainda destaca que a CPI não perde sua razão de existir, caso a decisão judicial de impedir a investigação contra prefeituras seja mantida. ”Nós vamos fazer uma nova avaliação, agora nós sabemos que foi dado visto ao Ministério Público, o MP tem que se manifestar no pedido nosso de suspensão da decisão judicial de suspender a não investigação das prefeituras, mas eu tenho certeza que se forem analisar no bom senso nós vamos estar derrubando essa decisão e voltando a fazer os trabalhos necessários para fiscalizar as prefeituras que tiveram vários contratos com a construtora Delta”, justificou.
A decisão do Tribunal de Justiça foi provocada por pedido das Câmaras Municipais das cidades, que alegavam que a Assembleia não tem competência para investigar contratos municipais.