Acreditando que a criminalidade só acaba ou diminui combatendo a causa, a Justiça goiana oferece há dois anos uma alternativa de tratamento e recuperação de presos do regime semiaberto, dependentes de drogas e álcool. Com o “Programa Justiça Terapêutica”, que completa dois anos, 900 presos já foram atendidos. Atualmente são 400.
“Ele vai ser trabalhado de forma que compreenda que é portador de uma doença e precisa buscar tratamento. A partir do momento que começamos com a reinserção e com cursos profissionalizantes, a adesão ao tratamento aumentou. Os nossos beneficiários tem muita vontade de retomar as vidas e sair do crime”, descreve a juíza Maria Umbelina Zorzetti, que idealizou o Programa aqui no Estado. Ela informa que os presos conseguem esse benefício, se tiverem encaminhamento judicial e se realmente quiserem participar das atividades.
Exemplo
O programa ajudou o técnico em eletrônica, Rafael Esteves, de 32 anos, por exemplo. E ele reconhece, que sem o Justiça Terapêutica, poderia não ter deixado a vida que levava.
“Fui dependente químico por 16 anos, fui preso, passei mais de três meses na CPP. No Justiça Terapêutica eu fiquei por 15 meses sendo acompanhado”. Rafael refez a família e hoje está casado, tem três filhas e emprego fixo.
Para comemorar os dois anos do Programa Justiça Terapêutica, o Tribunal de Justiça do Estado realiza nesta quarta-feira (7), a partir das 8h, na Associação dos Magistrados de Goiás (Asmego), o “Fórum Justiça Terapêutica – Dialogando Políticas Públicas para a Cidadania”.