A Direção Nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) voltou atrás e decidiu, em reunião, reintegrar Martiniano Cavalcante aos quadros da legenda e à presidência do partido em Goiás. A decisão contradiz a nota divulgada em setembro, que afastava o filiado.

A justificativa era de que Martiniano recebeu, no dia 20 de dezembro de 2011, transferência bancária no valor de R$ 200.000,00 da empresa Adécio e Rafael Construções e Incorporações Ltda.

O empresa faria parte da organização criminosa do contraventor Carlinhos Cachoeira, sendo apontada como empresa laranja.

Martiniano afirma que o próprio presidente Nacional do PSOL, Ivan Valente, que assinou a nota, mudou de opinião.

“Ele mesmo reconheceu, me pediu uma conversa e disse que errou. Ele disse isso na reunião do diretório”, argumentou, ao repórter Rubens Salomão, da Rádio 730.

Martiniano alega que a nota foi precipitada e que ele não tem negócios ou relacionamento com o contraventor Carlinhos Cachoeira.

“Eu tenho até outras pessoas a quem eu devo dinheiro. Pessoas que me emprestam. Eu estou montando uma empresa de construção civil que trabalha com construção popular. Não sou rico, então recorro a aqueles que podem financiar essas atividades. Pedi emprestado e paguei juros, que mal há nisso?”, questionou.