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Rubens Salomão

Diplomação de Lula marca fim do processo eleitoral, em meio a silêncio de Bolsonaro

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSD), serão diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em cerimônia, em Brasília, nesta segunda-feira (12), às 14h. A cerimônia vai formalizar Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin como presidente e vice-presidente eleitos para o mandato de 2023-2026. Os diplomas são assinados pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, que abrirá a sessão solene e designará dois ministros do Tribunal para conduzirem Lula e Alckmin ao Plenário.

Autoridades do Judiciário, do Executivo e do Legislativo farão parte da mesa oficial da solenidade. A cerimônia reforça a vitória eleitoral em meio a atos antidemocráticos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado na tentativa de reeleição. Lula afirma que vai terminar de definir a composição do primeiro escalão de seu governo nos dias seguintes à diplomação. Os primeiros nomes, como de Fernando Haddad para comandar o Ministério da Fazenda, foram anunciados na sexta-feira (9).

Enquanto isso, bolsonaristas que pedem golpe com falsas acusações de fraude na eleição seguem acampados em frente a quartéis do exército pelo país e buscaram ontem novas palavras do futuro ex-presidente, em frente ao Palácio da Alvorada. Jair Bolsonaro (PL) fez até live no facebook, mas manteve o silêncio durante os 26 minutos de transmissão e apenas acenou para os apoiadores. No fim, apenas desejou “uma boa noite a todos”. A pedido do TSE, o Governo do Distrito Federal prepara forte esquema de segurança para a diplomação.

Foto: Presidente e vice eleitos, Lula e Alckmin, em anúncio de ministros. (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Bloqueios

As vias de acesso ao TSE serão interditadas pela PM e o tribunal, que já fica numa área distante da Esplanada dos Ministérios, vai reforçar a segurança predial com o uso de grades. O perímetro da Corte contará com o monitoramento de agentes especiais da PF, que cuidam da preparação de grandes eventos com a presença do presidente em exercício ou do presidente eleito.

Presenças

Além de Lula e do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), a cerimônia de diplomação deve reunir os líderes de poderes em Brasília, como os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.

Aprendizagem

A primeira-dama Gracinha Caiado participa hoje da entrega de kits do programa Aprendiz do Futuro, no Auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, às 14h. O evento terá ainda apresentação da imersão dos jovens embaixadores em viagem à Europa.

Qualificação

A reunião contará com roda de conversas, abertura feita pelo secretário de Desenvolvimento Social, Wellington Matos, além de palestra sobre ambiente de trabalho, com a superintendente da Criança, Adolescente e Juventude, Cejanne Gonçalves.

ministro carlos alberto dos santos cruz

FA apolíticas

Ex-ministro de Bolsonaro (PL) e crítico de Lula (PT), o general Carlos Alberto dos Santos Cruz afirmou ao Jornal O Globo que o presidente eleito deverá buscar governo de união nacional. Questionado sobre a posição das Forças Armadas, ele diz que Bolsonaro, de fato, tentou politizá-las, mas reforçou não acreditar em uma quebra da cultura militar.

Funcionamento

Ele também garantiu que não há tensão nas Forças Armadas com a eleição de Lula. “É uma estrutura muito forte, com hierarquia e disciplina. Uma coisa é o militar como pessoa, eleitor, mas o no comportamento institucional tem uma estrutura sólida, lideranças, fortes, disciplina militar”, avalia.

Necessidade

O ex-ministro da secretaria de Governo da Presidência (janeiro a junho de 2019) argumenta que o País está desunido e, por causa dos escândalos dos últimos anos, é necessário haver transparência. “Lula tem que mostrar que realmente é um governo para todos, de união nacional.”

Oposição

O ministro-chefe da Casa Civil de Bolsonaro (PL), Ciro Nogueira, usou as redes sociais para alfinetar a escolha dos ministros de Lula (PT) e criticar a falta de diversidade. “Não iam mudar o governo misógino?”, questionou sobre a falta de mulheres nas principais pastas.

Crítica

“A verdade é uma só: o governo eleito já fez sua opção por homens brancos para comandar o coração do governo. Apesar dos discursos, podem até trazer mulheres e minorias. Será só propaganda e na periferia do poder real.”

Homens brancos

Segundo ele, Defesa, Casa Civil, Relações Exteriores, Justiça e Economia (Fazenda) são todas pastas compostas por “homens e brancos”. Na sexta-feira (9), Lula anunciou Fernando Haddad (Fazenda), Flávio Dino (Justiça), José Múcio Monteiro (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil).

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