A disparidade que existe hoje no futebol brasileiro é brutal. Existe um abismo entre as equipes menores em relação aos grandes times que torna a realidade tão distante que para algum time de menor porte conquistar algo significativo, torna-se algo quase impossivel.

De 2003 para cá, o Campeonato Brasileiro A teve como inovação os pontos corridos. Durante este periodo, apenas no primeiro ano, um time fora do Eixo Rio-São-Paulo conquistou o titulo, o Cruzeiro. Paulistas e Cariocas se revezaram na conquista de título. Nem o Rio Grande do Sul que tem uma força tão grande, conseguiu um título de campeão, embora há de se ressaltar que em 2005 o Inter foi “assaltado”pela arbitragem para dar de mão beijada o título para o Corinthians.

Mas o que quero abordar aqui, é que, com o aumento dos investimentos em mídia e o marketing no futebol cada vez mais profissional, os estados periféricos em se tratando de futebol como Goiás, Bahia e Pernambuco disputam o Brasileiro A como meros participantes. Não têm nenhuma perspectiva de título e comemoram como uma grande conquista o fato de poderem disputar, embora raramente, uma Libertadores.

Quando ouço que o Corinthians tem um orçamento de 300 milhões, o São Paulo 230, Inter 200, Grêmio 180 e os times do Rio embora falidos, com um orçamento acima de 150 milhões, me sinto até humilhado quando vejo o Goiás com um orçamento 30 milhões. Essa situação é insustentável. Como exigir da direção do Goiás mais do que ela faz quando não tem condições de investir nem em jogador mediano sem se sacrificar financeiramente?

Sendo assim, resta nos contentar com disputar em sermos apenas meros participantes no campeonato e não raro, comemorarmos a manutenção na principal série do Brasil e muitas vezes como foi o caso do proprio Goiás em 2010 e Atlético em 2012 cairmos pra Série B. Com essa situação desigual eu diria que um campeonato de pontos corridos chega a ser injusto com os times menores.