
“Foi uma oportunidade única, uma grande experiência” – é esse o sentimento que o Jovem Aprendiz Eric Santos tem sobre a sua participação em uma reunião cujo tema central foi o esporte como transformação social. Eric é Jovem Aprendiz da Demá Jovem by Renapsi e atua no RH do Pólo do Distrito Federal.
Aos 18 anos ele foi um dos convidados para participar de uma discussão que leva em conta os mais diversos recortes sociais de jovens latinoamericanos e caribenhos, e analisa o impacto e a transformação que a prática esportiva promove nesses cenários.
“Tinham mais de 20 pessoas na sala, eram jovens de países como Chile, Uruguai, Argentina e México. Eu era o único brasileiro. Com a ajuda de um tradutor tive também a oportunidade também de falar um pouquinho do meu envolvimento como Aprendiz da Renapsi e no mundo do esporte”, afirmou.
O encontro foi conectado e organizado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em parceria com a Fundação SES, organização da sociedade civil argentina que trabalha a promoção dos direitos da juventude na América Latina. Esse movimento do COI acontece no mesmo mês em que foram anunciados os 25 jovens embaixadores da entidade, dos quais dois são sulamericanos – um argentino e uma colombiana.
Eric é jogador de futebol do Esperança F.C., de Brasília, e considera o esporte uma excelente ferramenta de transformação social.
“Ajuda de uma maneira que muitos nem imaginam a proporção que um esporte pode impactar uma pessoa. O esporte tira e já tirou muitos da vida do crime, das drogas e das ruas e, principalmente, o esporte forma um ser humano, ensina a ter disciplina, educação, ajuda no psicológico e enfim, uma série de benefícios”, resumiu o jovem atleta.
Pesquisa realizada pelo Banco BV em parceria com o Instituto MindMiners e divulgada no fim de 2022 mostra que 88% das pessoas entrevistadas, assim como Eric, acreditam que o esporte é um agente de transformação social. Foram consultadas 1.100 pessoas de todas as classes sociais e regiões do país.
A pesquisa indicou ainda que apesar do futebol ser o mais lembrado nas respostas, hoje ele divide a atenção do público, com destaque para o skate, modalidade lembrada pelos entrevistados por valores como a superação de desafios (42%), coragem (37%) e ousadia (36%). Energia (26%), autoconfiança (20%) e liberdade (19%).
Leia mais:
Nelson Mandela e o exemplo do esporte como instrumento de transformação social
Confira as modalidades que são esperança de medalha para o Brasil nas Olimpíadas de 2024
Esporte e ensino
A coordenadora pedagógica do Polo DF da Demá Jovem by Renapsi, Patrícia Ignácio foi quem acompanhou Eric durante a reunião. Segundo ela, o esporte educacional pode aumentar a cooperação e a socialização e a desenvolver o espírito de liderança e o respeito, valores alinhados aos praticados pela instituição.
“Para os jovens o esporte promove a vivência de práticas corporais que valorizam a cultura, a saúde e a qualidade de vida. O esporte influencia no surgimento do hábito saudável, na construção de valores morais, na orientação do caráter e cumpre seu papel inclusivo, diminuindo as discriminações sejam elas físicas ou sociais”, explicou a coordenadora.

Além da atuação dentro de campo, Eric está trilhando os caminhos também à beira dos gramados. Apaixonado por futebol desde a primeira infância, ele é jogador do Esperança F.C. há oito anos, e em janeiro deste ano se tornou instrutor das categorias de base do clube.
“É uma oportunidade de ajudar na formação dessas crianças e ensinar eles a correrem pelo certo, e não pelo errado. Ter caráter, saber pedir desculpas, saber se comunicar, porque futebol envolve tudo isso”, pontuou.
A reunião faz parte da estratégia Olympics365, do Comitê Olímpico Internacional, buscando fortalecer o esporte como um facilitador dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS’s).