A polêmica envolvendo a criação de CPIs na Assembleia Legislativa e a retirada das assinaturas de deputados da oposição continua. Depois do deputado Paulo Cézar Martins (PMDB) se defender das críticas nos microfones da Rádio 730, nesta sexta-feira (8), foi a vez de Simeyzon Silveira (PSC), parlamentar que também havia retirado seu nome dos pedidos de abertura de CPIs, mas voltou atrás e assinou a pauta.

Em entrevista ao Clube da Notícia, o deputado explicou seu posicionamento no caso e assumiu que errou politicamente. A ação, no entanto, como ele afirmou, não foi equivocada. “Meu erro não foi técnico, a minha ação é coerente com a minha trajetória política. Eu nunca assinei uma CPI. Meu erro foi político, a minha atitude é algo legítima do parlamento, não cometi nada ilegal e imoral”, avalia.

De acordo com o Deputado, o Parlamento possui um contexto que não foi levado em consideração no ato da criação das CPIs. Estreante na Assembleia, ele garante que estava preparado, mas não foi avisado das comissões. “Eu não fui avisado de CPI e no primeiro dia de plenário recebi cinco para assinar. Assinei porque entendi que já havia um rito com relação a isso”.

E a amizade?

Quanto à confusão envolvendo o Deputado Federal Ronaldo Caiado (DEM), Simeyzon salientou seu respeito com o parlamentar e disse que o motivo do descontentamento partiu de uma ligação em hora imprópria, quando ele estava em uma reunião em Brasília. Caiado não teria interpretado bem a posição de Simeyzon e reagiu nas redes sociais.

“É um grande homem público e político respeitado. Suas colocações foram equivocadas, ele deveria ter me escutado. Jamais vou julgar o deputado por uma decisão que ele teve na sua ação parlamentar. Eu não vou processá-lo”, afirma.

À pedido dos aliados Vanderlan Cardoso e Jorcelino Braga, Simeyzon Silveira assinou novamente a criação das CPIs. Ele argumentou as críticas dos ouvintes que cogitaram a possibilidade de barganha política e conduta irresponsável e disse que tudo o que aconteceu não significa despreparo ao cargo.

“Todos nós que estamos na vida pública colocamos o nome para ser julgado. Eu não me vendo, não faço barganhas, não é a minha conduta. Sempre fui independente e defendo as minhas posições. Não vejo que retirar um nome de uma CPI é despreparo, mas respeito a posição de cada um”, conclui.