Com a participação das três categorias, estudantes, funcionários e professores da Universidade Estadual de Goiás (UEG), os grevistas optaram por manter a paralisação. As estruturas da maioria das 41 unidades espalhadas pelo estado estão ruindo. Ao todo, segundo informações dos manifestantes, sete unidades já aderiram à greve.
As principais reivindicações dos grevistas são: estrutura falha, defasagem salarial e a necessidade de realização de novos concursos. Para o professor Renato Coelho, um dos organizadores do movimento ‘Mobiliza UEG’, o problema é geral e a maioria das unidades passa pela mesma situação de abandono. Segundo o professor, até os alunos correm risco de contaminação devido à precariedade da sala de anatomia da universidade.
“É um problema que envolve a maioria das unidades da UEG a ESEFEGO os ginásios estão desabando não tem pista de atletismo não tem laboratórios de anatomia os alunos correm risco até de serem contaminados nos laboratórios devido à precarização e sucateamento da universidade, no interior também você vai e vê a mesma situação, em Anápolis a unidade Jundiaí está desabando também, já tem uma fissura enorme em um dos prédios principais onde tem as salas de aula, então são problemas gerais que envolvem todas as unidades tanto da capital como a do interior”, relata.
Renato Coelho denuncia ainda a falta de professores e funcionários e diz que a greve é a única maneira de mostrar os problemas da Universidade. “Não tem como dar aula e, além disso, não tem funcionários de laboratórios para poder auxiliar os professores então nem aula não tem, falta professor de arquitetura, falta funcionário de laboratório, falta também restaurante e moradia estudantil então a situação da UEG é totalmente caótica virou um caos e a greve é o momento que temos para mostrar para sociedade esse problemas e mostrar ao governo nossas reivindicações”.
Em nota no site da UEG, datada do dia 25 de abril, o reitor da universidade esclarece que, após reunião com o governador do Estado, Marconi Perillo, foi discutido vários pontos relativos à gestão e ao funcionamento da universidade. Dentre eles, o encaminhamento à Assembleia Legislativa das alterações do Plano de Carreira, na forma proposta pela UEG e autorização para a realização de dois concursos públicos, dentre outras ações.