Quem nunca viveu uma situação de embate, de decisão, de paixão ou de desejos não correspondidos ou terminados? A dica de hoje é o espetáculo “A Última Melodia”, que irá falar sobre momentos como esses. Valores que nos remetem senão a dor, pelo menos a um recomeço, que significa aprendizado e amadurecimento.
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Assim pensa o ator, diretor e produtor cultural Ancelmo Soares que comanda a peça. Patrocinada pela Lei Goyazes, explora os sentimentos que emergem ao final de um relacionamento conturbado. No palco dois homens descobrem as verdades e mentiras que contaram e revelam os sentimentos encobertos, mostrando a fragilidade da relação.
Ancelmo Soares explora no texto a carência e o individualismo nos tempos modernos e as consequências para o ser humano”. Para o autor, o espetáculo poderia ser entre um homem e uma mulher ou duas mulheres. “O homossexualismo que existe na peça não pretende ser panfletário ou apelativo, mas apenas uma metáfora das outras inúmeras relações que se perdem, sem levarem em conta o que originou e o que construiu cada componente desse envolvimento”.
Em “Última Melodia”, os personagens não têm nome. São designados como “Mais Novo” e “Mais Velho”. Um é o envolvido , o que espera algo, o que idealiza a relação ao lado do outro. O outro é o experiente, o indiferente, que já tem uma opinião formada e internalizada do que espera de uma pessoa.
“Última Melodia” tem direção de Cláudio Meneses, iluminação de Igor Dias, cinegrafia de Aldene José e arte de Charles Rodrigues. A peça será apresentado amanhã, às 21h, no Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro.