A diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Inger Andersen, comentou o novo relatório da entidade intitulado “Navegando em novos horizontes”.  Para Inger, os resultados apresentados mostram que a intensificação da crise climática gera novos desafios em todo o mundo.

“À medida que o impacto de várias crises se intensifica, é o momento de nos antecipar aos acontecimentos e nos proteger dos novos desafios que surgem”, diz.

A maior preocupação do Pnuma é que os países consigam construir políticas que amenizem a crise climática e evitem a supressão da natureza e a perda da biodiversidade. Os riscos da velocidade das mudanças climáticas para o mundo, segundo ela, são o “perigo à prosperidade a longo prazo, a redução da pobreza e o ambiente”.

Novas tecnologias

Da sede do Pnuma, em Nairóbi, no Quênia, Inger Andersen também comentou a relação das novas tecnologias com a crise climática. Então, sua maior preocupação é com o emprego da Inteligência Artificial em sistemas militares, fato destacado no relatório. 

“A utilização da IA em sistemas de armas e aplicações militares e o desenvolvimento da biologia sintética requerem uma revisão cuidadosa do ponto de vista ambiental”, diz o relatório.

Além de comentar os problemas, Andersen apontou caminhos para o que chamou de “a chave para um mundo melhor”. “ A boa notícia é que, tal como o impacto de múltiplas crises é agravado quando estão interligadas, o mesmo acontece com as soluções”, contou.

“O foco, portanto, tem que estar na equidade intergeracional e num novo contrato social que reforcem os valores partilhados que nos unem em vez de nos dividir”, finalizou. 

*Com Agência Brasil

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática.

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