Após polêmica sobre o prazo para a instalação das Comissões Parlamentares de Inquérito do Grampo e a da Violência, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Helder Valin (PSDB) suspendeu a sessão ordinária terça-feira (4) para dar início aos trabalhos das duas comissões. A reunião das duas CPIs foram abertas simultaneamente, uma no Auditório Costa Lima e outra no auditório Sólon Amaral, o que promoveu um certo corre-corre de alguns deputados. Caso do peessedebista Marcos Martins, membro nas duas CPIs, na da Violência como suplente e na dos Grampos como titular.
Os cargos das duas CPIs foram definidos sem qualquer polêmica, em reuniões simultâneas. Para a CPI da Violência foram eleitos o líder do DEM, Hélio de Sousa, para presidente; o peemedebista Luiz Carlos do Carmo, para a vice-presidente e Júlio da Retífica (PSDB), para relator. As reuniões da CPI da Violência serão realizadas nas terças e quinta-feiras pela manhã. A próxima reunião está agendada para o dia 11 de junho.
A CPI irá levantar as causas do aumento da violência em Goiás e o que pode ser feito para reduzir estes índices. Entre os principais pontos de pauta estão a situação dos moradores de rua em Goiânia, dos dependentes químicos e as ações de prevenção e repressão realizadas no estado. “A segurança pública é um dos direitos humanos que violados em nosso estado e neste momento em que iniciamos o trabalho nesta CPI, policiais estão escavando um cemitério clandestino em busca de corpos de vítimas de violência”, alertou o petista Mauro Rubem, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e titular na CPI da Violência.
Ele afirmou que o importante é não fazer uma CPI para situação ou oposição, mas para as pessoas que choram pelos parentes mortos, inclusive as esposas de policiais mortos durante o trabalho, os comerciantes que se tornaram reféns, como em Novo Gama, onde muitos têm que trabalhar atrás das grades por falta de segurança”.
CPI dos Grampos
Já a CPI do Grampo terá o petebista Tales Barreto como presidente; Humberto Aidar (PT) como vice-presidente e Marcos Martins (PSDB) como relator. A CPI dos Grampos irá investigar as denúncias de existência de grampos ilegais em Goiás. A primeira reunião da CPI dos Grampos está marcada para o dia 12 de junho às 14 horas, quando deverão ser apresentados nomes de pessoas a serem convocadas para esclarecer as denúncias de grampos ilegais divulgados pela imprensa.