O empresário José Batista Júnior, o Júnior do Friboi, recém-filiado ao PMDB e um dos pré-candidatos ao governo do Estado pelo partido, foi o entrevistado da Rede Clube de Comunicação, nesta segunda-feira (17).
Friboi respondeu à perguntas dos entrevistadores da Rádio 730 e de jornalistas de mais 20 rádios parceiras, de todas as regiões do Estado, na Rede Clube de Rádios. O programa teve excepcionalmente mais de duas horas de duração, das 8h às 10h30. A Rede Clube está entrevistando todos os pré-candidatos ao governo ou ao Senado em 2014.
O tema mais questionado pelos jornalistas das rádios parceiras foi a desfiliação de Friboi do PSB, partido em que o neopeemedebista construiu pré-candidatura ao governo do Estado nos últimos dois anos.
“Minha ida para o PMDB significa o menor esforço com a maior chance de nós vencermos as eleições de 2014. Com minha ida para o PMDB, a gente vai conseguir, sobretudo, unir mais a oposição em Goiás. Não tenho excluído de forma alguma o PSB. Ele continua sendo um partido importante para as eleições de 2014. Não abandonei o PSB”, disse.
Friboi foi grande financiador de candidaturas nas eleições municipais de 2012. Ele participou ativamente de várias campanhas no interior do Estado. O PSB elegeu em Goiás, no ano passado, dez prefeitos.
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Ainda sobre sua pré-candidatura, o empresário afirmou que chegou ao partido para somar, ele mudou o discurso de propostas que vinha sustentando desde que chegou ao PMDB e disse que está em fase de elaboração de projetos. Porém, Friboi ressaltou que não tem vocação nem interesse em disputar cargo no legislativo. “Não sei falar, mas sei fazer. Sou gestor, executor, não tenho perfil para legislativo, para candidatar a deputado ou senador”, ponderou, citando o crescimento da empresa JBS sob sua administração, que hoje emprega 1 milhão de pessoas.
Sobre o embate com o ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, para ter o aval da cúpula e ser o nome do PMDB para a disputa ao governo, Friboi afirmou que o partido não tem dono e que nem ele nem Iris serão candidatos sem a participação da militância. “Nós vamos trabalhar para viabilizar um nome que aglutine e que seja de comum acordo com toda militância”.
“Bandidos no governo”
Questionado sobre a polêmica declaração do secretário de Gestão e Planejamento do Estado, Giuseppe Vecci, de que existiria “bandidos no governo”, Friboi foi irônico ao dizer que, em uma possível gestão sua, qualquer membro do governo seria demitido e auxiliares não teriam comportamento semelhante. “Eu demitiria. Na verdade isso não existiria, não existiria esse tipo de conversa”, disse.
Segundo ele, membros do governo do Estado ignoraram propositalmente o assunto. “Não fizeram nada porque têm algumas dívidas, tem alguns problemas. Então não vão fazer, vão deixar passar para o esquecimento. Vão esvaziar a conversa”, finalizou.