Uma Seleção Européia e uma Seleção Asiática. De uma lado, toda a tradição no mundo do futebol e de outro, uma equipe emergente, que só tem evoluído ao longo dos anos. Pode parecer que Itália e Japão possuem estilos muitos diferentes, escolas diferentes, mas os dois times, que se enfrentam nesta quarta-feira, às 19h, na Arena Pernambuco, tem muito em comum.

O Japão não é mais aquele time de correria e franzino, como as equipes asiáticas costumam apresentar. E isso começou a mudar a partir do momento que Alberto Zacheronni, técnico italiano, assumiu o comando da equipe. O treinador faz hoje a primeira partida contra a Seleção de seu país, a mesma que ele sempre teve o desejo, mas nunca conseguiu comandar. O treinador revela que será uma experiência bem diferente.

Para mim, não é um jogo como os demais. Quando comecei na função de treinador, já imaginei passar por tudo, menos um jogo contra a Itália e em um torneio com tanto prestígio. Minha equipe tem feito tudo certo até agora, ganhamos a Copa da Ásia, nos classificamos para a Copa do Mundo, agora precisamos de uma experiência internacional, crescer mais. Ás vezes pode acontecer de uma equipe como a Itália não estar no seu melhor dia, e temos que aproveitar”

Zacheronni só pediu uma coisa aos seus jogadores: deixem a apatia mostrada contra o Brasil de lado e joguem como sabem. A tentativa do treinador do time nipônico é buscar o máximo de rendimento de jogadores como Honda e Kagawa, meias que ditam o ritmo de jogo japonês. No reconhecimento do gramado da Arena Pernambuco, Zacheronni destacou que pode realizar mudanças, mas preferiu manter segredo. Uma delas pode ser no ataque, a troca de Okazaki por Maeda.

Azzurra cansada

A longa temporada europeia e o rimo intenso de jogo contra o México cansaram um pouco os italianos, que podem ter mudanças na equipe não por ordem técnica, mas sim por questões físicas. O lateral direito Abate e o meia Marchisio reclamaram de dores musculares e podem ser poupados para enfrentar o Brasil. Nesse caso, Maggio e Aquilani seriam os substitutos.

O técnico Cesare Prandelli admitiu que pode fazer duas ou três modificações na sua equipe, mas revela que quer a mesma eficiência do duelo no último domingo, no Maracanã. Uma vitória significa a classificação, e por isso, o treinador recomendou muito cuidado, até porque do outro lado, há um treinador que conhece muito bem o estilo de jogo da Azzurra.

O Japão tem uma equipe forte, com um grande treinador e por isso eu ainda não decidi a formação que mandarei à campo para a partida. Poderei fazer duas, três ou até quatro mudanças. Contra o México nos desgastamos muito, por isso tenho que esperar um pouco. O que precisamos é saber atacar, não temos muito jogadores de frente, e depois, concretizar as chances, acertar a finalização”

FICHA TÉCNICA

ITÁLIA X JAPÃO

Local: Arena Pernambuco, Recife (PE)

Data: 19 de junho de 2013, quarta-feira

Horário: 19 horas (de Brasília)

Árbitro: Diego Abal (Argentina)

Assistentes: Juan Pablo Belatti e Hernan Maidana (Argentina)

ITÁLIA: Buffon; Maggio, Chiellini, Barzagli e De Sciglio; Pirlo, De Rossi, Aquilani, Montolivo e Giaccherini ; Balotelli. Técnico: Cesare Prandelli

JAPÃO: Kawashima; Uchida, Yoshida, Konno e Nagatomo; Hasebe, Endo, Kiyotake, Kagawa e Honda; Okazaki (Maeda). Técnico: Alberto Zaccheroni