Em 2014, será realizada a Copa do Mundo no Brasil. Um privilégio ou um problema? Após a Copa disputada em 2010, o governo federal assinou uma Matriz de Responsabilidade da Copa com os estados que irão participar do evento estabelecendo que o valor para se gastar na Copa do Mundo seria de aproximadamente R$ 20 bilhões.

Mas nesta segunda-feira (24), a FIFA e o Ministério do Esporte anunciou que esse investimento está previsto para chegar a 28,1 bilhões, chegando a um aumento de 40% em relação ao preço estipulado no início. O aumento seria em função das obras em aeroportos e em mobilidade urbana. Desses, aproximadamente R$ 5,6 bilhões são de investimento privado.

A Copa do Mundo de 2014 tem gerado muitos protestos e muitas dúvidas em todo país durante a realização da Copa das Confederações, evento teste que está sendo realizado nesse mês de junho. A revolta tem sido em função dos altos investimentos que o governo pagou para receber o evento da FIFA.

Explicações

O ministro do esporte, Aldo Rebelo, afirma que os empréstimos concedidos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) devem ter melhores condições do que os bancos privados. “Eu imagino que os empréstimos concedidos pelo BNDES são mais favoráveis do que as condições impostas pelos bancos privados, e talvez por isso as empresas prefiram procurar o empréstimo do BNDES”, opinou.

Ele ainda ressalta que o BNDES só libera o empréstimo se o projeto tiver relação com o desenvolvimento do Brasil. “O banco trabalha com a meta de financiar projetos que estejam de acordo com o desenvolvimento do país. Todo projeto que tenha relação com estratégia de relação o BNDES financia, então ele inclui setores de infraestrutura”, destacou.

O Brasil precisou construir 12 estádios para a realização da Copa do Mundo, alguns ficaram prontos e estão sendo usados na Copa das Confederações, mas ainda restam seis para serem entregues. As manifestações são em função de estarem sendo gastos algo em torno de 28 bilhões de reais para a realização do evento e não estão acontecendo melhorias nas áreas básicas, como saúde, educação e transporte.