A VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA) já começou e o tema desta edição é “Vamos transformar o Brasil com educação e justiça climática”. As escolas que possuem turmas dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) podem participar até o dia 30 de junho.
Criada em 2003, a conferência é uma forma de mobilizar as escolas brasileiras a desenvolverem jornadas pedagógicas voltadas à educação ambiental do público infantojuvenil. O projeto atinge nas turmas dos anos finais 61.806 escolas públicas e particulares, mais de 775 mil professores e nove milhões de estudantes.
A última edição da conferência foi realizada em 2018. Segundo o MEC, ao longo de quinze anos (2003-2018) o projeto impactou mais de 20 milhões de pessoas e promoveu o engajamento de crianças, adolescentes e jovens na transformação de suas comunidades escolares e dos territórios onde elas vivem.
E é exatamente esse o pretexto pedagógico do projeto: tornar as crianças e adolescentes de 11 a 14 anos em agentes ativos nas ações de mitigação dos efeitos das mudanças do clima.
Por isso, a conferência promovida pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) tem o objetivo de fortalecer ações formativas no campo da educação ambiental. E na edição de 2025, em especial, também faz parte do movimento de preparação do Brasil para a Conferência do Clima da ONU (COP 30), em Belém (PA).
Um exemplo vindo da Caatinga
Para incentivar a participação das escolas, o MEC já apresentou o Projeto Água Boa, que a Escola Antônio Viana de Mesquita, em Itapajé (CE), escolheu em 13 de maio para representá-la na conferência. O projeto é uma iniciativa que aborda com os estudantes a segurança hídrica de uma região tomada pelo bioma Caatinga.
Itapajé fica no interior do Ceará e no projeto a comunidade escolar e a comunidade do entorno da escola aprendem sobre o uso sustentável e responsável da água em casa e na escola por meio de rodas de conversa, palestras com especialistas e elaboração de cartazes temáticos.



Numa das atividades, os alunos retiraram detritos que poderiam poluir a água das margens do rio e foram responsáveis por enviar às autoridades municipais as demandas de limpeza da área para atividades de cultura e lazer.
Kelly Barbosa, de 14 anos, é uma das integrantes da proposta do Projeto Água Boa e será uma das delegadas da escola na conferência. A estudante valoriza a iniciativa de colocar as crianças e os adolescentes como protagonistas dos projetos na conferência.
“Acho incrível o poder que nós temos de nos engajarmos em algo tão importante como a sustentabilidade, em que somos protagonistas com coragem e vontade de fazer acontecer”, contou.
Etapas da conferência
As escolas que desejam participar têm até o dia 30 de junho para realizar na conferência interna a escolha do projeto que irá levar para a próxima fase. Ainda não estão definidas as datas das etapas municipais ou regionais, que são fases opcionais.
Mas as etapas estaduais têm até 15 de agosto para acontecer. Assim, a VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente ocorrerá, de fato, de 6 a 10 de outubro, em Brasília.

*Com Assessoria de Comunicação Social do MEC
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 04 – Educação de Qualidade.
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