Um projeto cultural vai transformar a antiga estação ferroviária de Goiânia em palco de histórias, arte e memória. O Estação de Histórias, idealizado pela atriz e multiartista Jéssika Hannder, propõe aproximar crianças e adolescentes do patrimônio cultural e histórico da capital goiana, por meio de contação de histórias, bate-papo educativo e visita guiada. A programação é gratuita e acontecerá nos dias 6, 7 e 8 de junho, no Museu Frei Confalone, no centro de Goiânia.
“O projeto visa apresentar histórias de Goiás no museu Frei Confalone, que é a antiga estação ferroviária da cidade. É um prédio maravilhoso, no estilo art déco, inaugurado em 1950. Muita gente passa em frente, mas nunca entrou”, destaca Jéssika. Segundo ela, o objetivo é ressignificar esse espaço tão simbólico, promovendo uma experiência lúdica e educativa.
A ação cultural será dividida em três momentos: contação de histórias, roda de conversa e visita guiada. No sábado (8), dia aberto ao público, a programação será conduzida pelas artistas do projeto, com participação da professora Miriam Bianca, da Universidade Federal de Goiás (UFG), especialista em educação patrimonial. “A Miriam vai falar sobre a importância do museu para a preservação da história. Ela já participa com a gente há um tempo dessas ações culturais”, conta Jéssika.
Durante a semana, nos dias 6 e 7, o projeto atenderá exclusivamente escolas municipais, com crianças de 4 e 5 anos. Para muitas delas, será a primeira visita a um museu. “Vamos receber CMEIs. É a primeira vez que essas crianças estão saindo da escola para ver uma apresentação teatral. E, embora seja contação de histórias, tem uma linguagem bem teatral, porque somos da área das artes cênicas. A gente interpreta os personagens, usa músicas goianas, promove brincadeiras populares. É uma verdadeira imersão lúdica na cultura local.”
A proposta do Estação de Histórias é, sobretudo, despertar o senso crítico e a valorização da identidade goiana desde a infância. “A gente precisa dessa experiência estética de ir até o espaço. É diferente. A presença tem um gostinho especial. Quando as pessoas conhecem a história do lugar onde vivem, elas se tornam mais conscientes, mais autônomas”, afirma a idealizadora.
Financiado pela Lei Aldir Blanc e com apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia, o projeto também se insere no campo da educação patrimonial. “A gente vem tentando viabilizar esse projeto há bastante tempo. Agora que fomos contemplados no edital de patrimônio, conseguimos colocar em prática. É uma alegria imensa ver isso ganhando forma”, comemora Jéssika.
A programação completa será divulgada pelas redes sociais do Museu Frei Confalone e da equipe do projeto. Para Jéssika, mais do que resgatar a história, a iniciativa quer plantar sementes de pertencimento: “Quando a cultura chega de forma acessível e lúdica, ela transforma. E é isso que a gente quer: transformar pela arte.”
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade
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