A Polícia Civil divulgou nesta segunda-feira (8), o resultado do inquérito que investiga o grupo de extermínio de Goianira. Ao todo 24 pessoas foram indiciadas, sendo 16 policiais militares, um policial reformado e outras seis pessoas.

Todos os indiciados respondem por dez crimes, entres eles, homicídio, tortura, ocultação de cadáver e associação para o tráfico. O delegado responsável pelo caso, Alexandre Lourenço, diz que existem muitas provas contra o grupo. “As principais provas estão relacionadas com o vasto conteúdo testemunhal, o corpo encontrado, o exame pericial a partir da balística e os locais de crimes localizados e periciados,” conta.

O delegado revela que três membros tinham uma ascendência maior sobre o bando. “O soldado Ramos, o sargento Daniel Lourenço e o cabo Luiz Antônio,” enumera. De acordo com ele, estes tinham uma participação maior nos crimes.

O grupo administrava o tráfico de Goianira com mão forte. Quando havia uma dissidência ou algum traficante queria ocupar espaço eram eliminados, conta o delegado.

Quem também está sendo investigado é o delegado que atuava em Goianira, Ralph Soares. De acordo com Alexandre Lourenço, ele deve ser submetido a um processo da Corregedoria da Polícia Civil.

Dos 16 policiais militares presos no dia 4 de março, nove já foram soltos e aguardam o julgamento em liberdade. De acordo com o coronel Camargo, eles estão trabalhando em funções administrativas. Ele também garante que eles não voltarão a trabalhar em Goianira.

Em relação as medidas que serão tomada contra os policiais, o corregedor disse que vai aguardar para ver o inquérito. Diante das provas, serão abertos processos administrativos.