No início de junho deste ano, a Assembleia Legislativa instalou duas Comissões Parlamentares de Inquérito – Grampo e Violência. E nem bem começaram os trabalhos, o presidente da CPI do Grampo, deputado Talles Barreto (PTB), pediu a prorrogação do prazo de investigação em mais 60 dias. A CPI pretende apurar as informações sobre a suposta rede ilegal de grampos telefônicos e invasão de dados de autoridades públicas em Goiás, denunciadas pela Revista Carta Capital.
O relator da CPI do Grampo, deputado Marcos Martins (PSDB), ex-diretor da Polícia Civil de Goiás, informa que entre deputados e servidores, cerca de 12 pessoas trabalham na comissão. “Se for necessário agregar mais funcionários para prestar esta assessoria, nós iremos fazer. E não tem custos porque as reuniões são realizadas no horário de expediente”, garante Marcos Martins. A CPI do Grampo confirmou a existência de inquérito aberto pela Polícia Civil de Goiás para investigar o suposto esquema de grampos.
O aumento da violência em Goiás, em especial na região do Entorno de Brasília, e a ação das polícias civil e militar de Goiás, são o alvo das investigações da CPI da Violência ou da Segurança. A comissão suspendeu os trabalhos durante o recesso parlamentar e terá a próxima reunião somente no início de agosto. O presidente da CPI, Hélio de Sousa (DEM), afirma que o adiamento é necessário para que a Secretaria Estadual de Segurança Pública entregue os documentos solicitados com as informações e o mapa da violência em Goiás. A previsão do relator da CPI da Violência é que os trabalhos sejam concluídos apenas no final do ano, e também foi solicitada a prorrogação do prazo de investigação.