O Atlético foi jogar fora de casa contra o Cruzeiro na terça-feira e perdeu de cinco. A lógica asseguraria que o CRAC teria o mesmo caminho contra o Santos, na Vila Belmiro. Mas, quem disse que existe lógica no futebol? Existe comprometimento e merecimento, e assim o CRAC, com um futebol inteligente, conseguiu um grande resultado na Vila Belmiro: empate por 1 a 1 e um bom quadro para o jogo da volta, no dia 24, em Catalão.

O Jogo

Apesar do CRAC tentar demonstrar que não temia o Peixe, o Santos não permitiu isso e controlou as ações do jogo desde os primeiros minutos, mesmo que tivesse problemas para acertar o último passe. Aos cinco minutos, William José teve a primeira chance, de dentro da área, mas o chute saiu por cima do gol. Por cima também foi o chute do argentino Montillo, aos 11 minutos, esse com mais perigo.

O CRAC fazia uma boa marcação no time praiano e pouco apontava no ataque. A primeira chance do Leão do Sul foi aos 20 minutos, quando Pantico arriscou falta de muito longe e quase surpreendeu Aranha, que ia engolindo um grande frango. O Santos quase abriu o placar em bela jogada individual de William José, que de fora da área, chutou rasteiro e a bola passou raspando à trave esquerda.

A dominância santista demonstrava que era só questão de tempo para o zero sair do placar. E assim aconteceu, aos 38 minutos da etapa inicial. Após bola alçada na área, a bola sobrou no rebote para Leandrinho, que da meia-lua, acertou um lindo chute, na veia, sem chance para Aleks, e fez 1 a 0 para o Santos.

2º tempo

O futebol apresentado pelo Santos na primeira etapa não apareceu no 2º tempo. E o CRAC correu atrás de um grande resultado desde os primeiros minutos. Aos dois, Pantico cobrou falta de longe, Aranha espalmou, mas nenhum atleta do time de Catalão estava lá para completar. Aos três, o Santos respondeu: Rodinei tentou sair jogando, perdeu para Montillo, que cruzou para Neílton, na pequena área, finalizar por cima.

O CRAC deu o primeiro susto aos 12 minutos, quando Heber finalizou e a bola explodiu na trave. Com o time paulista mostrando cansaço, o CRAC foi pra cima na raça. E foi compensado. Aos 21, Washington sambou para cima de Arouca na ponta direita, foi para a linha de fundo e cruzou para cabeçada certeira do zagueiro Ben Hur, que saiu para vibrar. O desgaste santista era tão visível que Arouca, esgotado, sentiu dores musculares e pediu substituição.

Vendo que o placar não interessava, o Santos procurou tirar forças de onde não tinha, e o CRAC, que recuou, tinha espaço total nos contra-ataques. Aos 37min, o Santos quase passou à frente, em chute de longe do meia Cícero, que ainda desviou na zaga e explodiu no travessão. Três minutos depois, foi a vez de Bruno Peres arriscar de muito longe e a bola, caprichosamente, explodiu na junção do travessão com a trave. Foi o suficiente para sacramentar um importante resultado para o Leão do Sul.