Estou preocupado com a realidade do futebol Goiano. Digo isso porque os três times da capital não tem capacidade de investimento e contratar jogador de qualidade está extremamente caro, pois o mercado é altamente inflacionado. Qualquer cabeça de bagre hoje quer ganhar acima de 100 mil reais por mês o que convenhamos, é um absurdo.
O Goiás está disputando a Série A, mas as dívidas acumladas nos últimos anos de ações trabalhistas, fornecedores e impostos impossibilitam o Verdão de fazer contratações interessantes, que motivem os torcedores de sairem da sala de TV pra ir no Serra. Ademais, os dois principais salários do Goiás não estão dando respostas satisfatórias que correspondam o investimento feito, Walter e Neto Baiano. O primeiro com sua luta terrivel contra a balança e vive de alguns gols esporádicos no Brasileiro. Já Neto Baiano, contratado e anunciado com toda pompa, até agora não disse a que veio e já se envolveu em polêmicas. Primeiro declarando seu profundo amor pelo Vitória BA e segundo quando foi parar numa delegacia de polícia por conta de confusão com a PM no trânsito.
O Atlético caiu pra B e suas receitas despencaram também, e por mais que o Presidente Valdivino de Oliveira e seu Vice Jovair Arentes lutem para angariar recursos, tem muitas dificuldades em conseguir, pois para que o empresário se sinta motivado para investir num time, a primeira coisa que ele olha na proposta é a perspectiva de consumo dos torcedores e nesse caso o que ele vai ler? Lerá que a torcida Atleticana é muito desanimada e não vai no estádio nem a custa de reza e com isso a conversa, não raro, já para por aí.
O Vila Nova não tem receita alguma e o que é pior: está na Série C, a série que é altamente deficitária e não encontra jogador disposto para disputá-la, com raras exceções. O Tigre tem uma boa perspectiva para se organizar com o Grupo liderado por Leonardo Rizzo, com as presenças importantes do Zé Eduardo, que está cuidando do financeiro com mão de ferro,o Newton Ferreira vigiando o futebol, o Barros com sua capacidade e paciência, o Joas com sua capacidade de gestão para fazer com que o Vila Nova seja grande e respeitado .
O grande problema do Colorado é a cobrança exagerada de parte da imprensa, de parte da torcida e isso gera desgaste. Mas, tenho falado com os novos dirigentes e todos são unanimes em afirmar que vão fazer o trabalho por etapas e não vão agir pela pressão externa. Eles tem a noção exata do que fazer e não vão fugir do planejado. Primeiro, tentar organizar a terra arrasada deixada pela gestão anterior cuja organização era abaixo de zero. Paralelamente a isso renegociar todos os débitos para que a administração tenha boa visibilidade para tomar decisões.
Mas, o objetivo principal é levar o time para a Série B, imediatamente, para que em 2014 o Clube possa ter um pouco mais de receita. Para isso é fundamental que o grupo de jogadores tenha comprometimento. Não fazer molecagem. Não levar os garotos para a noite, enfim, fazer o que é certo e demonstrar profissionalismo
Mas, a grande preocupação é: nenhum time da capital seja Goiás, Atlético e Vila Nova têm condições de montar equipes a altura do expectativa do torcedor e sendo assim,t emos que bancar a Série A, B e C com o que temos e seja o que Deus quiser.