A Polícia Civil começa a desarticular uma quadrilha que atuava no tráfico de drogas e roubo de veículos na região Metropolitana de Goiânia. Parte do bando foi apresentada à imprensa nesta quarta-feira (17). Quinze pessoas já foram presas, sendo que cinco deles já cumprem pena no Complexo de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia.
Os policiais tentam cumprir pelo menos mais 20 mandatos de prisão. De acordo com a polícia, pelo menos 100 pessoas são suspeitas de participação no esquema. “Todas elas serão indiciadas,” diz o titular da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), Edson Carneiro.
Os bandidos roubavam os veículos em Goiânia e trocavam por drogas no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul, e também no Paraguai. A preferência dos criminosos era por carros de maior valor, como caminhonetes e veículos de luxo. Entre os populares, a busca era por WV Gol e Fiat Strada.
A Operação Elo foi deflagrada após quase um ano de investigação. Inicialmente as denúncias eram de roubo simples de veículos, mas com o transcorrer das buscas, os agentes observaram que o esquema era muito maior. O bando também é suspeito de cometer vários homicídios.
Segundo a polícia, o comando da quadrilha está dentro da CPP. Weslley dos Santos Oliveira é suspeito de comandar o tráfico e a adulteração de veículos, enquanto Jhonantan Mafra Pinto, o Nego Boy, seria o responsável pelo contato com os compradores dos carros roubados. Fora da cadeia, Alex Ferreira Andrade gerenciava o roubo de veículos.
O ex-líder da quadrilha, que seria um preso do semiaberto, morreu há duas semanas. Com isto, o comando do bando foi subdivido, entre Weslley, Nego Boy e Alex.
Celulares
A facilidade de acesso a telefones móveis que os presos tem é apontado pela polícia como um dos grandes problema enfrentados pela segurança pública atualmente, pois mesmo detidos, os criminosos conseguem seguir comandando quadrilhas que estão fora das grades.
O superintendente de Segurança Penitenciária, João Carvalho Coutinho, diz que a maioria dos celulares entram nos presídios através do corpo humano, principalmente os femininos. “Normalmente as mulheres introduzem os aparelhos nos orifícios para passarem pela fiscalização,” revela.
Para tentar conter a entrada dos aparelhos, o superintendente revela que a Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça irá adquirir um scanner humano, equipamento que possibilita ver os celulares mesmo se estiverem no interior do corpo humano.