Dois projetos tramitam na Câmara Municipal de Goiânia com o objetivo de criar leis que coíbam a violência relacionada ao futebol. O primeiro, de autoria do vereador Anselmo Pereira (PSDB), quer proibir a fabricação de qualquer artigo, como camisetas, bermudas ou bonés, que sejam alusivos às torcidas organizadas de qualquer clube.

Além disto, a matéria, que foi aprovada em primeira votação, estabelece que torcedores não possam entrar no estádio com qualquer material relacionado a estas torcidas.

O vereador Anselmo Pereira explica qual seria a importância de se proibir a fabricação e uso, nos estádios, de camisetas de torcidas organizadas para combater a violência. “A família quer ir para o estádio não dá conta. As pessoas tem medo de trafegar durante o dia com as camisetas dos seus times, ainda mais se for de torcida organizas. As torcidas estão se enfrentando de forma natural na cidade,” argumenta.

O projeto, proposto por Elias Vaz (PSB), determina multas pesadas para quem for flagrado praticando atos de violência dentro do estádio.

O projeto de Elias foi apresentado na última sessão ordinária da Câmara e ele explica quais são os valores propostos para a multa. O vereador chegou a apresentar sua proposta aos presidentes dos três clubes da capital – Goiás, Vila Nova e Atlético. O parlamentar detalha sua matéria. “O que nós queremos é jogar pesado contra uma minoria que está atrapalhando um grande espetáculo que é o futebol. O que está acontecendo hoje extrapolo o que o Código Penal prevê para uma briga. O que queremos com essa lei é endurecer na parte sensível que é a parte das multas,” aponta.

De acordo com o vereadores, as punições para quem se envolver em brigas nos estádios varia de R$ 280 a R$ 1,4 mil, além da proibição de ir aos estádios goianiense por um ano. Caso o torcedor volte as praças esportivas da Capital enquanto estive suspenso, pagará multa de R$ 3 mil. Se voltar a se envolver em brigas, o valor é de R$ 6 mil.

Os dois projetos ainda tramitam na Câmara Municipal, mas têm o apoio de praticamente todos os vereadores. Depois de aprovados, precisam passar pela sanção do prefeito, Paulo Garcia (PT).